Muito se fala do fetiche. Mas o que é verdadeiramente o fetiche? Através do dicionário, é possível verificar que a palavra fetiche tem origem francesa e significa feitiço. O fetiche é, sobretudo, uma espécie de obsessão por alguma coisa, uma situação, pessoa, ou parte da pessoa. Uma atração ou fixação incontrolável que dá origem a um prazer intenso. Nem todas as espécies de fetiches estão diretamente ligadas à prática sexual.
Uma pesquisa encontrou diversos tipos de fetiches desde aqueles considerados “normais” até aqueles menos imagináveis, reconhecidos como fetiches “bizarros”.
Algumas pessoas, talvez as mais tímidas, disseram sentir prazer por alguma parte do corpo humano, como cabelos, nuca, seios, barriga, pernas, nádegas, pés e mãos. Outras disseram sentir desejos por objetos como roupas decotadas ou curtas, uniformes sexy ou fantasias, lingerie nova, joias, sapatos, entre outros.
Foi possível verificar também fetiches originados por situações diversas, desde fazer sexo em locais públicos, como praças, parques, praias, dentro d’água, dentro de automóveis, elevadores, etc.
Mas afinal, qual será o fetiche de cada um? O fetiche que todos nós escondemos e que adoraríamos, um dia, poder praticá-lo?
Para apimentar seu relacionamento, que tal começar a explorar os seus fetiches e os de seu parceiro? Afinal, fetiches são temperos poderosos para tornar o sexo mais quente!
Muitas mulheres, inclusive as mais jovens e “modernas”, querem saber mais sobre os desejos masculinos para obter mais sintonia sexual. A maioria concorda que “entre quatro paredes vale tudo”, mas no geral os casais acabam vivendo poucas variações e caem na temida rotina. Porque isso acontece? Muitos, apesar de tantas informações, desconhecem seus desejos ou não acreditam que seu parceiro também tenha essas fantasias.
Por isso nós da redação ADM traremos a vocês, mais informações sobre os principais fetiches masculinos e femininos. As fantasias podem fazer parte das “brincadeiras” e incrementar o erotismo na relação.
Segundo algumas pesquisas realizadas pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexologia Humana (SBrash), a fantasia número um dos homens é a de transar com duas mulheres. O ménage traz à tona medo e insegurança na maioria das mulheres. Uma terceira pessoa poderá fragilizar a autoestima e autoconfiança em relação ao vínculo afetivo e à imagem corporal. Tudo isso costuma deixar as mulheres resistentes a essa experiência. Mas existem aquelas que resistem por perceber uma excitabilidade excessiva nessa possibilidade de estar intimamente com outra mulher. A realização dessa fantasia implica numa relação de confiança pessoal e interpessoal, mas não deve ser tomada por pressão ou medo de que o outro busque sozinho esse prazer.
Um dos caminhos que pode trazer excitação e envolvimento pode ser o de usar uma fantasia, isso faz os homens imaginarem que a sua mulher é outra pessoa. Muitos homens desejariam ser surpreendidos por uma sessão de sexo com apetrechos. Pode ser um vibrador, uma lingerie sensual nova ou ainda, uma peça ousada de couro, máscaras, vendas, algemas, chicotes entre outros objetos.
Alguns relatam que adorariam ficar de olhos vendados enquanto a mulher espalha gelo, mel, chantily, leite condensado, chocolate quente derretido, ou cera quente em caminhos inusitados até chegar num sexo oral caprichado.
Grande parcela dos homens reclama que suas parceiras têm receio ou nojo de sexo oral. Mas isso deve ser um tema acordado entre os dois. Ao praticar sexo oral você pode se contaminar com muitas doenças sexualmente transmissíveis, inclusive Aids, por isso, use sempre camisinha.
Há o desejo de muitos de que sua parceira sinta vontade de praticar sexo anal. Outros têm o desejo de pedir carícias na região anal, mas não pedem por medo de ter sua masculinidade questionada. Há quem diga que esses receios precisam ser desmistificados, pois a região perianal apresenta alta sensibilidade e grande eroticidade.
Cabe ao casal começar a ousar e realizar com um pouco mais de envolvimento o prazer sexual. Ainda existem mulheres que deixam essa responsabilidade para os homens. Elas também têm de participar.
A sexóloga Dalva Machado,* mestre em Psicologia, e segundo ela, “o fetiche é uma forma de fantasia sexual saudável, uma brincadeira¸ cujo objetivo é diversificar a transa. A maioria das pessoas são fetichistas em alguma situação, pois cada uma se sente fascinado por determinado estilo de vestimenta ou por pessoas dotadas de certos atributos ou características físicas”.
O fetichismo, visto como parafilia, é um desvio de comportamento sexual. Segundo a sexóloga, “isso pode ser um distúrbio psicológico, tendo como foco principal objetos inanimados que, direta ou indiretamente, estão em contato com o corpo da pessoa amada, tendo como finalidade o estímulo, excitação e prazer sexual”. E ainda ressalta: “O fetichista não consegue sentir atração por uma mulher por inteiro. Passa a amar apenas parte dela, ou o objeto relacionado a ela, como por exemplo botas, lingerie, roupas de couro, mamas, mãos, pés, calcinha, meias, nádegas, etc., como forma de obter satisfação sexual.”
Dalva Machado considera que o fetichismo só é considerado uma parafilia quando apresenta anormalidades no comportamento sexual “isso pode ser detectado quando as fantasias, atividades ou práticas sexuais são recorrentes, intensas e obsessivas, ocasionando perda de liberdade de opções e alternativas sexuais. Pode-se observar com frequência, que o indivíduo não consegue obter excitação, prazer e orgasmo sem seu fetiche. Logo poderá causar prejuízos significativos e sofrimento relevante em áreas importantes da vida da pessoa portadora da parafilia”.
Quando se trata de parafilia, geralmente o tratamento envolve uma equipe multidisciplinar. São utilizadas medicações, terapia cognitivo comportamental e terapia em grupo. Os profissionais envolvidos, via de regra, são os psicólogos, sexólogos e psiquiatras. A sintomatologia varia de pessoa para pessoa em razão das particularidades de cada um. Então, torna-se necessário uma avaliação cuidadosa para que seja realizada uma intervenção adequada.