Mostrando postagens com marcador homofobia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador homofobia. Mostrar todas as postagens

27/10/2015

Os 10 piores países do mundo para os gays

Ser gay em alguns países é considerado ilegal

Por Redação ADM

Em pelo menos 40 países no mundo, ser homossexual é ilegal, segundo um levantamento sobre direitos humanos realizado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos com dados de 2011. As penas vão desde multas até prisão perpétua. 
Alguns desses países são, inclusive, destinos turísticos muito procurados e onde não se imagina encontrar esse tipo de punição. Dentre eles, selecionamos 10 países. Veja a lista a seguir:

1 - Egito:

No Egito, a lei não criminaliza explicitamente a atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo, mas permite que a polícia prenda homossexuais sob o argumento de "libertinagem", segundo o relatório do Departamento de Estados dos Estados Unidos. 
O relatório destaca que gays e lésbicas enfrentam um significativo estigma na sociedade e nos ambientes de trabalho, o que dificulta sua organização em movimentos sociais

2 - Jamaica:

Na Jamaica, a lei proíbe atos de "indecência grosseira" entre pessoas do mesmo sexo, em lugares públicos ou privados. A punição chega a dez anos de prisão. A homofobia é bastante espalhada pelo país. Através de músicas e do comportamento de alguns músicos, a cultura local auxilia a perpetuar o preconceito, segundo o relatório. 
Grupos locais relatam abusos aos direitos humanos, incluindo "sequestros corretivos" e ataques. A polícia não costuma investigar os incidentes. O relatório destaca que o clima de medo leva pessoas a abandonarem o país e as leis as deixam vulneráveis a extorsões de vizinhos.

3 - Irã:

A lei criminaliza a atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo. Um homem pode ser condenado à morte por esse motivo. A punição dos homossexuais não-muçulmanos é pior caso seu parceiro seja muçulmano. A pena para os homens também é pior que a das mulheres. 
Ao contrário de alguns países em que a lei que pune os homossexuais com a morte não é seguida, no Irã ocorreram, recentemente, execuções por esse motivo. No ano passado, três pessoas foram executadas por sodomia. Foi a primeira vez em muitos anos que indivíduos foram executados somente por esse motivo, já que normalmente a causa é combinada a outros crimes, como sequestro, roubo com uso de armas ou crimes contra a ordem nacional.
Uma unidade voluntária do Poder Judiciário do país monitora e relata "crimes morais", segundo o relatório. Buscas em casas e monitoramento de sites em busca de informações sobre homossexuais também ocorrem. O governo censura materiais relativos a assuntos LGBT.

4 - Emirados Árabes:

A lei civil e a lei islâmica criminalizam atos homossexuais. Pela lei islâmica, a punição é a morte, de acordo com o relatório do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Em 2011 não houve nenhum processo por esse motivo, segundo o levantamento. Não raro, o governo submete pessoas a tratamento psicológico e aconselhamento.
O cross-dressing (pessoas que se vestem com artigos do sexo oposto) é considerado uma ofensa e pode ser punido.

5 - Líbano:

Durante 2011, a discriminação oficial de gays, lésbicas e simpatizantes permaneceu no Líbano, segundo o documento. As leis do país proibem o "ato sexual não-natural". A punição pode chegar a um ano de prisão, mas é raramente aplicada. Há um relato de um homem que foi delatado à polícia pela própria mãe. 
No país, existem ONGs LGBT que realizam encontros regulares. Em 2010, uma ONG local observou menos de 10 execuções.

6 - Tunísia:

Na Tunísia, relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo seguem sendo ilegais sob o código penal, que prevê penas de até três anos de prisão, segundo o relatório. Há também evidências de discriminação, incluindo relatos de que policiais, às vezes, prendem homossexuais e os acusam de serem fonte de HIV. 
Não há, no entanto, relatos de pessoas presas por causa da homossexualidade, mas um ativista LGBT do país já relatou violência, perseguições e ataques de indivíduos descritos pelas vítimas como Salafistas. 

7 - Indonésia:

Uma lei de 2008 proíbe a atividade homossexual, segundo o relatório. Há também regulações locais que criminalizam o ato. Há relatos de que o governo não faz muitas ações para prevenir a discriminação. 
Organizações LGBT e ONGs atuam abertamente. Mas alguns grupos religiosos, esporadicamente, interrompem organizações LGBT – e as pessoas, vez ou outra, são vítimas de abuso policial. 
Em 2011, um festival de cinema limitou sua divulgação em decorrência dos protestos de que foi vítima em 2010. 

8 - Uganda:

Em Uganda, atos homossexuais são criminalizados por uma lei da era colonial. A pena chega à prisão perpétua - e já houve tentativas para que a pena de morte fosse incluída em alguns casos. 
As pessoas não chegam a ser condenadas diretamente pela lei, mas por "ofensas relacionadas", como "práticas indecentes". A discriminação priva pessoas de serviço médico e impede que grupos LGBT registrem-se como ONGs. 
No começo de 2011, David Kato, um ativista local que havia processado um jornal do país que publicou uma foto sua e o classificou como homossexual foi espancado até a morte. A Corte do país determinou que o jornal havia violado os direitos constitucionais à privacidade das pessoas que tiveram suas fotos, identidades e endereços publicados na matéria.

9 - Moscou:

Ná Rússia há discriminação aos membros da comunidade LGBT. Ativistas afirmam que muitos homossexuais escondem sua orientação com medo de perder seus empregos ou casas ou de serem tratados com violência. 
Em Moscou, as autoridades não permitem a realização de uma Parada Gay, apesar de alegações de que a proibição viola os direitos de liberdade. No entanto, há registros da ocorrência de paradas anti-gays. 

10 - Guiana:

Na Guiana, há a punição com prisão perpétua para a atividade sexual entre homens, segundo o relatório. Há relatos de alguns processos desse tipo, mas não há números. É mais comum que a polícia use essa lei para intimidar supostos casais gays. 
O relatório destaca que, o ministro da saúde, em um discurso em uma conferência sobre AIDS disse que essa lei é contraditória a liberdade de expressão individual.

Fonte:

• Revista Exame. Mundo – "Os piores países do mundo para os gays". 09/09/2012.

12/06/2014

The normal heart

Por redação ADM

Foto: cartaz do filme "The normal heart". Fonte: HBO

Lançado em 25 de maio de 2014 no canal de TV HBO teve também sua exibição teatral no Inside Out Film and Video Festival, em Toronto, Ontário no dia 23 de maio o filme: The Normal Heart dirigido por Ryan Murphy e escrito por Larry Kramer, baseado em sua própria peça teatral de 1985 de mesmo nome. O filme é estrelado por Mark Ruffalo, Julia Roberts, Matt Bomer, Taylor Kitsch, Jim Parsons, Alfred Molina, Jonathan Groff, e Joe Mantello.
Um drama original da HBO que narra a história do início da crise da AIDS em Nova York nos anos 80, com foco no esforço de vários ativistas gays e seus aliados na luta para expor a verdade sobre a epidemia para uma nação que está negando os fatos.
É sempre bom ver um diretor transformar uma história que, a princípio foi criada para ser apresentada em um palco e expô-la ao público de cinema que, de outra forma não teria a chance de conhecê-la. Larry Kramer é um dos heróis gays, a nova geração precisa ser educada sobre este tema para que eles possam conhecer a história e desenvolver seu senso crítico e libertar-se de paradigmas e dogmas sociais.

Foto: elenco principal do filme "The normal heart". Fonte: HBO
Sinopse:
Depois de ver um amigo sucumbir a uma nova doença matando gays nos escritórios da Dr. Emma Brookner (Julia Roberts), Ned Weeks (Mark Ruffalo) pretende organizar mais ação para combatê-la, mesmo que sua franqueza ameaça afastar as pessoas ao seu redor incluindo seu irmão Ben (Alfred Molina), seu amante Felix (Matt Bomer), e Bruce Niles (Taylor kitsch), um banqueiro de investimento enrustido.

Veja o vídeo oficial do filme:




Assista aos outros vídeos do filme e saiba os horários de sua exibição clicando aqui.

Fontes e referências:


Canal de TV HBO Max. The Normal Heart. Sex, 23 de maio, às 8:30 horas, no TIFF de Bell Lightbox, 350 King St W.
OLV. Disponível em: http://www.onlocationvacations.com/2013/06/04/the-normal-heart-starring-julia-roberts-matt-bomer-mark-ruffalo-begins-filming-in-nyc-this-week/

03/02/2014

Beijo gay na novela global

Famosos ativistas das causas gays falam sobre beijo em 'Amor à vida'

Cena romântica protagonizada por Thiago Fragoso e Mateus Solano parou o Brasil na noite desta sexta-feira, 31, no último capítulo da trama


Por Léo Martinez (EGO, no Rio)


Foto: Thiago Fragoso e Mateus Solano em "beijo" no final da novela.
Fonte: Divulgação

A novela "Amor à vida" chegou ao final na noite desta sexta-feira, 31, fazendo história na teledramaturgia brasileira. Protagonizada por Thiago Fragoso e Mateus Solano, a cena do tão polêmico e comentado beijo gay mobilizou todo o país. Pelas redes sociais, em cada esquina, nos bares e restaurantes com seus televisores ligados, todos pararam por alguns minutos para assistir ao desfecho romântico dos personagens Niko e Félix.

"Fiquei surpreso e emocionado. Foi uma coisa linda e graças aos talentosos atores, o Walcyr Carrasco mostrou que o amor independe da opção sexual. Tenho certeza que até os mais caretas e conservadores torceram de alguma forma por esse final feliz. Salve Félix e o Carneirinho", disse o promoter David Brazil ao EGO.

Foto: Carlos Tufvesson. Fonte: Ag.News

O estilista e responsável pela Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual do Rio de Janeiro, Carlos Tufvesson comparou a empolgação das pessoas à Copa do Mundo.

"Há muito tempo não via um final e novela assim. Virou celebração de Copa do Mundo. Fiquei impressionado de assistir com amigos que não seguiam a novela que estavam aos prantos, emocionados. Mauro Mendonça Filho (diretor da novela), que é um craque na sensibilidade da cena, fez esse beijo tão aguardado de uma maneira tão sensível, bonita e romântica. Como de fato é um beijo, a manifestação de afeto entre duas pessoas que se amam. E a celeuma desse beijo foi mais pelo fato dele não ter acontecido até hoje do que acontecer de forma natural como foi. 'Amor a vida' conseguiu pela primeira vez ver o grande público lutando e pedindo pelo beijo desse casal. E isso é o mais importante. Não foram os LGBTS que escreveram para Globo, mas o grande público que pediu esse beijo. Afinal um casal se beija! Simples assim! Confesso que foi emocionante até para mim, que não sou noveleiro. Sei o quanto a cena de ontem significará na vida de tantos e que contribuirá para, quem sabe, muitos 'carneirinhos' não virem 'Felix' pelo trauma da rejeição da família ou pelo preconceito da sociedade. Afinal, estamos falando de amor. Viva a vida, viva o amor!'

Foto: Sheila Veríssimo.
Fonte: Isac Luz/EGO
Eleita a Miss Brasil Gay 2013, Sheila Veríssimo (foto acima) também comentou a cena e elogiou a iniciativa do autor: "Assistimos de casa uma história homoafetiva pura, sem maldades ou malícias. Era tudo muito natural e por isso funcionou bem na televisão. Não vejo como uma revolução social e sim uma evolução da nossa sociedade. Foi uma conquista para todos nós que somos gays e lutamos por uma igualdade."

Foto: Ex-BBB Ariadna Arantes.
Fonte: Isac Luz / EGO

Trabalhando e estudando na Itália, a ex-BBB e transexual Ariadna (foto acima), contou ao EGO que as cenas de Thiago e Mateus foram bastante comentadas entre os brasileiros que moram no exterior:

"Estava mais do que na hora do Brasil dar esse passo tão importante na cultura. Os homossexuais também fazem parte da história da humanidade e não poderiam ser ignorados para sempre. O amor não tem sexo e nem fronteiras e falamos aqui na Itália sobre como os atores conseguiram transmitir isso para os telespectadores da novela. Era de fato uma história de ficção bem próxima da realidade", relatou.

Foto: Amin Khader e o repórter do CQC Guga Noblat. 
Fonte: Arquivo Pessoal

O humorista Amin Khader, que já protagonizou cenas de beijos bem humorados durante suas aparições em programas na TV, analisou os detalhes da cena: "A gente fica esperando um beijo mais quente, mais cheio de boca e língua, mas estamos falando de dois atores que estão fazendo aquilo por causa das suas profissões e para mim eles representaram bem o que foi proposto."

Para o Superintendente da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros) do Rio de Janeiro, o Dr. Cláudio Nascimento, a cena do tão aguardado beijo entre pessoas do mesmo sexo teve um gostinho especial:

"O beijo gay tão esperado nas histórias das telenovelas da Globo finalmente aconteceu, numa cena sensível, afetiva, doce e digna. Um beijo cheio de amor, e inspirador. Um marco histórico em nossa luta contra a homofobia e pelo direito de amar quem quiser. Extremamente emocionado. Foi a cena que fez o meu coração explodir de alegria. Emocionado ao ver retratado o nosso afeto com dignidade, respeito e muita serenidade. Uma cena doce e radical", afirmou.

Fontes e referências:

  1. Globo.com. EGO.