28/10/2015

Crossdresser

3. Crossdresser


Crossdressers são pessoas que vestem roupa ou usam objetos associados ao sexo oposto, por qualquer uma de muitas razões, desde vivenciar uma faceta feminina (para os homens), masculina (para as mulheres), motivos profissionais, para obter gratificação sexual, ou outras.
Cross-dressing é um termo que se refere a pessoas que vestem roupa ou usam objetos associados ao sexo oposto, por qualquer uma de muitas razões, desde vivenciar uma faceta feminina (para os homens), masculina (para as mulheres), motivos profissionais, para obter gratificação sexual, ou outras.
Vivenciar a experiência do parceiro ou da parceira é considerado normal e uma ampliação do universo emocional por casais que praticam cross-dressing. Não se trata apenas de uma experiência sexual, mas de uma experiência humana mais profunda. Algo como querer "ser" em lugar de querer "ter" ou de se apropriar dos atributos do outro através das formas usuais usadas pelos casais para se apossar do outro.
crossdressing (ou travestismo, no Português Europeu, e frequentemente abreviado para "CD"), não está relacionado com a orientação sexual, e um crossdresser pode ser heterossexual, homossexual, bissexual ou assexual. O crossdressing também não está relacionado com a transexualidade.
Os crossdressers tipicamente não modificam o seu corpo, através da terapia hormonal ou cirurgias, mas tal acontece nalguns casos, como o de Stu Rasmussen, político americano e presidente da câmara municipal da cidade de Oregon.
As pessoas que praticam o crossdressing podem também ter qualquer profissão ou ocupar qualquer nível socioeconômico, tal como, aliás, qualquer uma das diversas identidades que tipicamente compõem a sigla LGBT.
Os transformistas fazem parte da população crossdresser, mas a sua motivação está relacionada apenas com motivos profissionais, como espetáculos de transformismo. A expressão "drag-queen" (de DRAG, "Dressed As a Girl"), em inglês, é equivalente a transformista, mas quando utilizada no português, por vezes refere-se aos crossdressers com um visual mais exageradamente feminino.
Para Jaqueline Gomes de Jesus, crossdressers é um termo variante de travesti, utilizado para “homens heterossexuais, comumente casados, que não buscam reconhecimento e tratamento de gênero (não são transexuais), mas, apesar de vivenciarem diferentes papéis de gênero, tendo prazer ao se vestirem como mulheres, sentem-se como pertencentes ao gênero que lhes foi atribuído ao nascimento, e não se consideram travestis. [...] A vivência do crossdresser geralmente é doméstica, com ou sem o apoio de suas companheiras, têm satisfação emocional ou sexual momentânea em se vestirem como mulheres, diferentemente das travestis, que vivem integralmente de forma feminina”.


Laerte Coutinho

Laerte Coutinho nasceu em São Paulo no dia 10 de junho de 1951, é uma cartunista e chargista brasileira, considerada uma das artistas mais importantes na área no país. Aos 57 anos, assumiu a transexualidade, abrindo uma profunda discussão sobre a identidade de gênero no Brasil.

Biografia:

Estudou comunicações e música na Escola Estadual Coronel Frazão da Universidade de Itaguara, porém não se formou nestes cursos.Laerte participou de diversas publicações como o Balão e O Pasquim. Também colaborou com as revistas Veja e Istoé e os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo. Criou diversos personagens, como os Piratas do Tietê e Overman.Em conjunto com Angeli e Glauco (e mais tarde Adão Iturrusgarai) desenhou as tiras de Los Três Amigos.Em 2005, perdeu um de seus três filhos, Diogo, então com 22 anos, num acidente de carro.Em entrevista à Folha de S.Paulo, em 2010, revelou porque abandonou alguns de seus personagens e optou pela prática pública do crossdressing, identificando-se como transgênero. Nessa nova fase, participando de vários programas e matérias na mídia imprensa e eletrônica. Já em 2012, tornou-se cofundadora de uma instituição voltada a pessoas com essa nuance de gênero, a ABRAT – Associação Brasileira de Transgêneras.Em 2012, teve a residência roubada, e muitas de suas obras que estavam digitalizadas também foram levadas.

Personagens:

Estes são alguns personagens conhecidos de Laerte, sobretudo por suas tiras publicadas em jornais:
  • Overman - um super-herói que talvez tenha a força do Super-Homem mas com certeza não possui a capacidade de dedução de Batman. Por vezes mostra ter moral e hábitos retrógrados. Seu maior inimigo é o próprio ego. Seu visual lembra Space Ghost, que já apareceu como convidado em algumas tiras.
  • Deus - na representação de Laerte, com certeza não é onipotente. Tudo o que para nós é metafísico não passa de mera rotina para Ele. O que não quer dizer, no entanto, que tudo corra as mil maravilhas. Agora que o mundo e a humanidade já estão criados, Ele gasta a maior parte do tempo em afazeres menores, como discutir com o arcanjo Gabriel e jogar cartas com Buda.
  • Piratas do Tietê - esses piratas trocaram o mar pelo não menos perigoso rio que corta a cidade de São Paulo. Hoje em dia a cidade é o alvo de seus saques e matanças.
  • Hugo Baracchini - a visão cômica de Laerte do homem dos tempos modernos. Nele a autora criou uma eterna vítima dos problemas contemporâneos: Hugo já teve problemas em operar seu computador, teve de fugir de paparazzi, ficou complexado com o tamanho de seu pênis e chegou a sentir saudades do Regime Militar.
  • Suriá - personagem de Laerte voltada para o público infantil. Suriá é uma menina de 9 anos, que mora com a família em um circo (onde trabalha como trapezista). É uma das raras personagens negras de histórias em quadrinhos.
  • Muriel/Hugo - personagem crossdresser que brinca com os padrões de gênero, alternando entre masculino e feminino (respectivamente, alternando entre Hugo e Muriel, porém ainda se autoafirmando como homem). O enredo das tirinhas em que aparece narram o dia a dia da população trans no Brasil, criticando a transfobia, a forma binária em que a cultura brasileira moderna trata a questão de gênero e sexualidade e, por vezes, retratando também a vida sexual das pessoas trans, sempre de forma humorística.


Obras publicadas:

  • Overman
  • Histórias Repentinas
  • Classificados Vol.1
  • Classificados Vol.2
  • Suriá - A Garota do Circo
  • Suriá - Contra o Dono do Circo
  • Classificados Vol.3
  • Gatos - Bigodes ao Léu
  • Deus
  • Deus 2 - A graça continua
  • Deus 3 - A Missão
  • Hugo para Principiantes
  • Seis Mãos Bobas (em conjunto com Angeli e Glauco)
  • Muchacha (2010, com colaboração de seu filho, Rafael Coutinho)


Foto: Laerte e Gabi. Fonte: divulgação SBT / Blog ADM
Laerte e Gabi
O cartunista Laerte Coutinho foi o convidado do programa “Gabi Quase Proibida” de quarta-feira dia 16/10 deste ano.  No programa, o bissexual declarado e considerado o crossdresser mais famoso do país, falou sobre seus relacionamentos, sua sexualidade entre tantas outras curiosidades. No bate-papo com a jornalista, Laerte explicou por que não optou usar um nome feminino.

— Ter um nome feminino faz parte da praxe dos trangêneros. Pensei em adotar “Sônia”, mas eu gosto do meu nome.
Em outro momento da entrevista, o cartunista falou sobre a dificuldade que teve em assumir sua orientação sexual no mesmo momento em que já era um grande profissional do desenho de tirinhas.
— Quando me assumi como profissional do desenho, já tinha colocado a homossexualidade debaixo do tapete.
Dentre as curiosidades mais palpitantes do público, Laerte conta que nos últimos tempos anda considerando uma cirurgia deum implante nos seios,  afirma que também frequenta banheiro masculino e que quando vai ao salão de beleza faz depilação total de virilha.
A falta de pessoas que falassem abertamente sobre identidade de gênero foi um problema para Thammy Miranda, que retirou os seios no final de 2014 e, neste ano, pediu para ser tratado no masculino. "Acontece de, quando você está no processo da descoberta, não saber o que esta acontecendo com você", conta. "Você sabe o que você não quer em você, mas você não sabe o que isso significa, pelo menos eu não sabia. A única coisa que eu achava, depois que comecei a pesquisar, era sobre os gringos, muitas trans gringas que fazem vídeos caseiros mesmo. E aí que fui entendo o que era, porque aqui no Brasil não era divulgado. Acho que a divulgação ajuda por conta disso".
Além de oferecer mais modelos com os quais pessoas transgêneras possam se identificar, a visibilidade entre famosos e em produções da TV e do cinema também ajuda a levar ao grande público mais informações sobre esse grupo – algo importante no país que mais mata transgêneros no mundo. De acordo com levantamento feito pela ONG Transgender Europe, 689 foram assassinados no Brasil entre 2008 e 2014.
"Muito da violência que a gente sofre tem a ver com o fato de as pessoas não estarem acostumadas a conviverem com a gente, a verem a gente", afirma Amara Moira. Por isso, uma maior presença de personalidades trans acaba trazendo mais consciência – dos dois lados: "Às vezes, a gente acha que o fato de a Laerte existir estimula a transexualidade, mas na verdade estimula a sair do armário, não estimula a virar nada. Com isso, a sociedade inteira vai olhando. Minha mãe olha para a Laerte e fala 'Minha filha vive algo parecido com isso, minha filha não é única, essas pessoas podem e devem ser respeitadas'. Muda bastante. Não só para nós, como para as pessoas ao nosso redor".
A atriz e modelo Carol Marra, no ar na série "Romance Policial – Espinoza", concorda, e diz que ainda há muita ignorância a respeito da população trans: "Tudo que é desconhecido, gera certa 'estranheza'. O preconceito surge da falta de informação. Acho importante nós, como pessoas públicas, levarmos o tema, por exemplo, para um debate de um jantar em família, roda de bar... A sociedade como um todo não sabe diferenciar uma transexual de uma travesti, drag queen ou mesmo de um gay. E, infelizmente, a primeira imagem associada é a de uma profissional do sexo. Muitas transexuais não se compreendem ou se tornam compreendidas".
Nem sempre, porém, a maior informação se traduz em aceitação – e nem sempre as representações de pessoas trans são positivas. "Trazer essa vivência à luz do dia traz mais esclarecimento da população do que tolerância, porque a tolerância parte mais do indivíduo", avalia a atriz e ativista Wallace Ruy. "E se trazer para a mídia temas trans não quer dizer que vem de uma maneira positiva. Em novelas, principalmente, a gente não vê pessoas trans representando pessoas trans. Você vê que há uma representação muito caricata".
E ainda há lugares que são quase que inacessíveis às pessoas trans na mídia, como é o caso de programas jornalísticos. "Por que não apresentando programa infantil? Porque sempre se associa ao transgressor, aí não pode. Não pode apresentar o jornal porque é algo sério, e a notícia que sai da minha boca tem um peso menor. E aí que mora o problema, porque isso está condicionando à minha identidade, à minha representatividade de gênero. É um grande absurdo ver isso hoje. Mas foi assim com a população gay, foi com a população negra".

Laerte passou anos bloqueando sua homossexualidade antes de aceitá-la e, depois, assumir sua transgeneiridade, em 2011, em um processo que descreve como uma "segunda libertação". E diz que é necessário haver modelos que mostrem de forma positiva tanto a orientação sexual quanto a identidade de gênero. "Quando eu era jovem, começando minha vida sexual, só existiam modelos negativos, eram retratados como coisas negativas. A homossexualidade era vista como doença, um problema seríssimo, um desgosto pros familiares, uma vergonha. E acho muito importante que esses modelos sejam positivos hoje. De pessoas que estão felizes, que estão bem, que não são doentes, não são criminosas, não são pecadoras".

Foi com a ajuda de várias ativistas da causa, aliás, que a cartunista conduziu seu processo transição – e hoje fica feliz por servir de referência para outras pessoas que passam pelo mesmo. "Me deixa muito satisfeita de ter produzido este efeito, porque é sempre muito libertador – assim como outras pessoas produziram esse efeito em mim. Eu não fiz o meu movimento sozinha. Me beneficiei de exemplos, ajudas e forças variadas: Márcia Rocha, Letícia Lanz, Maitê Schneider, que hoje são minhas companheiras de movimentos. Essa parte inicial de compreender a natureza da transgeneiridade, dar os primeiros passos, fazer as primeiras incursões publicas, vencer esse medo que é um medo interior, da gente mesma de se aceitar, isso quem me ajudou foram essas pessoas".



Assista a entrevista abaixo:




Informação e preconceitos:

Além de oferecer mais modelos com os quais pessoas transgêneras possam se identificar, a visibilidade entre famosos e em produções da TV e do cinema também ajuda a levar ao grande público mais informações sobre esse grupo – algo importante no país que mais mata transgêneros no mundo. De acordo com levantamento feito pela ONG Transgender Europe, 689 foram assassinados no Brasil entre 2008 e 2014."Muito da violência que a gente sofre tem a ver com o fato de as pessoas não estarem acostumadas a conviverem com a gente, a verem a gente", afirma Amara Moira. Por isso, uma maior presença de personalidades trans acaba trazendo mais consciência – dos dois lados: "Às vezes, a gente acha que o fato de a Laerte existir estimula a transexualidade, mas na verdade estimula a sair do armário, não estimula a virar nada. Com isso, a sociedade inteira vai olhando. Minha mãe olha para a Laerte e fala 'Minha filha vive algo parecido com isso, minha filha não é única, essas pessoas podem e devem ser respeitadas'. Muda bastante. Não só para nós, como para as pessoas ao nosso redor".A atriz e modelo Carol Marra, no ar na série "Romance Policial – Espinoza", concorda, e diz que ainda há muita ignorância a respeito da população trans: "Tudo que é desconhecido, gera certa 'estranheza'. O preconceito surge da falta de informação. Acho importante nós, como pessoas públicas, levarmos o tema, por exemplo, para um debate de um jantar em família, roda de bar... A sociedade como um todo não sabe diferenciar uma transexual de uma travesti, drag queen ou mesmo de um gay. E, infelizmente, a primeira imagem associada é a de uma profissional do sexo. Muitas transexuais não se compreendem ou se tornam compreendidas".Nem sempre, porém, a maior informação se traduz em aceitação – e nem sempre as representações de pessoas trans são positivas. "Trazer essa vivência à luz do dia traz mais esclarecimento da população do que tolerância, porque a tolerância parte mais do indivíduo", avalia a atriz e ativista Wallace Ruy. "E se trazer para a mídia temas trans não quer dizer que vem de uma maneira positiva. Em novelas, principalmente, a gente não vê pessoas trans representando pessoas trans. Você vê que há uma representação muito caricata".E ainda há lugares que são quase que inacessíveis às pessoas trans na mídia, como é o caso de programas jornalísticos. "Por que não apresentando programa infantil? Porque sempre se associa ao transgressor, aí não pode. Não pode apresentar o jornal porque é algo sério, e a notícia que sai da minha boca tem um peso menor. E aí que mora o problema, porque isso está condicionando à minha identidade, à minha representatividade de gênero. É um grande absurdo ver isso hoje. Mas foi assim com a população gay, foi com a população negra".

Fontes e referências:

Saiba mais sobre assexualidade


Foto: representação de "jovens assexuados".
Autor: Editoria de Arte / Folhapress

2. Assexualidade


Assexualidade é uma orientação sexual caracterizada pela indiferença à prática sexual, ou seja, o assexual é um indivíduo que não sente atração sexual por nenhum gênero.

Debate:

Há um desacordo sobre se a assexualidade é uma orientação sexual legítima. Muitos ainda confundem assexualidade com baixa libido. Alguns argumentam que ela cai sobre o nome de distúrbio de hipoatividade sexual ou distúrbio da aversão sexual. Entre os que não acreditam ser uma orientação, outras causas sugeridas incluem abuso sexual passado, repressão sexual, problemas hormonais, desenvolvimento tardio de atração, e não ter encontrado a pessoa certa. Muitos assexuais auto identificados, enquanto isso, negam que tais diagnósticos se apliquem a eles; outros argumentam que, porque a sua assexualidade não lhes causa angústia, não deveria ser vista como um distúrbio emocional ou médico. Outros argumentam que no passado, foram feitas afirmações semelhantes sobre a homossexualidade e bissexualidade, apesar do fato de que muitas pessoas agora as considerem como orientações legítimas. Em virtude da falta de pesquisa no assunto, existem poucas provas documentadas em favor de qualquer lado no debate.

Pesquisa:

Um estudo feito com cordeiros chegou ao resultado de que cerca de 2% a 3% dos indivíduos estudados não tinham interesse aparente em acasalar com sexo algum. Outro estudo, foi feito com ratos e gerbils, em que até 12% dos machos não mostraram interesse nas fêmeas. Contudo, como suas interações com outros machos não foram medidas, o estudo é de uso limitado no que toca à assexualidade (Westphal, 2004).
Uma pesquisa de opinião no Reino Unido sobre sexualidade incluiu uma pergunta sobre atração sexual, e 1% dos entrevistados responderam que "nunca se sentiram atraídos sexualmente por absolutamente ninguém" (Bogaert, 2004). O Kinsey Institute conduziu uma pequena pesquisa sobre esse assunto, que concluiu que "os assexuais parecem melhor caracterizados por pouco desejo sexual e excitação que por baixos níveis de comportamento sexual ou alta inibição sexual" (Prause e Graham, 2002). Esse estudo também menciona um conflito quanto à definição de "assexual": os pesquisadores descobriram quatro definições diferentes na literatura, e afirmaram que era incerto se aquelas identificando assexual estavam se referindo a uma orientação.

Variações:

Há diferenças entre as pessoas que se identificam como assexuais, principalmente entre elas a presença ou ausência de uma direção sexual ou atração romântica. Alguns experimentam apenas um desses, enquanto outros experimentam ambos, e ainda outros, nenhum deles. Há uma discórdia sobre qual dessas configurações pode genuinamente ser descrita como assexual. Enquanto um número de pessoas acredita que, todas as variações sejam qualificadas como tal, muitas outras acreditam que para ser assexual, deve-se ter falta de direção sexual, atração romântica ou ambos.
A direção sexual desses assexuais que têm uma, não é dirigida a nada; é apenas um desejo por estimulação sexual ou liberação. Pode variar de fraco a forte, e de raro a frequente. Alguns assexuais experimentam sentimentos sexuais, mas não têm desejo de fazer o ato, enquanto outros procuram liberação sexual, seja via masturbação ou por contato sexual, ou ambos.
Para aqueles assexuais que experimentam sentimentos de atração romântica, ela pode ser direcionada para um ou ambos os gêneros. Esses assexuais frequentemente têm desejos por relacionamentos românticos, variando de ligações casuais até casamento, mas frequentemente não querem que essas relações incluam atividade sexual. Por causa dessa orientação sexual, alguns assexuais se descrevem como assexuais gays, bissexuais, ou heterossexuais; isso é relacionado ao conceito de orientação afetiva.
Aqueles assexuais que não querem relacionamentos românticos estão numa posição difícil, já que a maioria das pessoas não são assexuais. Assexuais capazes de tolerar o sexo podem fazer par com não-assexuais, mas então sua falta de atração pode ser psicologicamente angustiante para seu companheiro, fazendo um romance de longa duração difícil. Assexuais que não podem tolerar o sexo devem ou se comprometer com seus companheiros e ter certa quantidade de qualquer jeito, dar a seus companheiros permissão de procurar sexo em algum outro lugar, ter relacionamentos sem sexo com aqueles poucos que ele tem desejo, só namorar outros assexuais, ou ficarem solteiros.
Alguns assexuais usam um sistema de classificação desenvolvido (e então aposentado) pelo fundador da Asexual Visibility and Education Network, uma das principais comunidades on-line de assexuais (abreviada como AVEN). Nesse sistema, assexuais são divididos em tipos de A a D: um assexual do tipo A tem direção sexual, mas sem atração romântica, um tipo B tem atração romântica mas não tem direção sexual, um do tipo C tem ambos, e o tipo D, nenhum. As categorias não significam que são inteiramente discretas ou "escritas na pedra"; o tipo de uma pessoa pode mudar, ou pode-se estar na fronteira entre dois tipos. Note que a própria AVEN não usa mais esse sistema, já que ele é muito exclusivo, mas um número de assexuais ainda a sentem como uma ferramenta útil para explicar sua orientação.
Note que a assexualidade não é o mesmo que celibato, que é a abstinência deliberada de atividade sexual; muitos assexuais fazem sexo, e a maioria dos celibatários não são assexuais.

Assexualidade e religião:

Muitas religiões ou seitas religiosas acreditam que a assexualidade é uma condição espiritualmente superior, e alguns assexuais creem que sua falta de "desejos básicos" os permite sentir uma espiritualidade mais profunda, embora outros assexuais considerem isso uma atitude elitista. Por exemplo, é possível que em séculos passados, muitos padres católicos, monges, e freiras eram assexuais, incluindo muitos santos canonizados. Em outros credos, crianças eram consideradas um dom de Deus que não deveria ser recusado, um meio de espalhar a religião, ou ambos; deveria ser notado, no entanto, que alguns assexuais têm filhos, e algumas religiões elogiam tanto a assexualidade quanto as crianças. Além do mais, de acordo com algumas crenças religiosas, a sexualidade mesmo é sagrada ou um dom divino; certas variedades de Tantra envolvem sexo, por exemplo, e alguns tipos de neopaganismo e Nova Era incluem o conceito de sexualidade sagrada.
Atualmente, a assexualidade enfrenta pouca condenação religiosa.

Assexualidade na ficção:

Talvez o exemplo mais antigo de personagem assexual possa ser encontrado em Hipólito, que evita todas as mulheres e devota sua vida à castidade.
O Personagem de Sir Artur Conan Doyle, Sherlock Holmes, é outro exemplo de assexualidade.
Em Os Miseráveis, de Victor Hugo, os dois protagonistas, Jean Valjean e Javert, podem ser considerados assexuais.
Na ficção, o romance de John Braine The Jealous God (1964) é um bom exemplo de sexo visto principalmente como pecado. Por outro lado, em seu romance de ficção científica Distress (1995), Greg Egan imagina um mundo no século XXII onde "assex" é uma das sete configurações de gênero conhecidas. Citação de Distress:
"Asex não era nada mais que um termo guarda-chuva para um grupo largo de filosofias, estilos de vestir, mudanças cirúrgicas e de cosméticos, e alterações profundas biológicas. A única coisa que uma pessoa assex tinha necessariamente em comum com outra era a visão que os parâmetros de gênero (neural, endócrino, cromossômico e genital) não interessavam a ninguém mais, somente a si próprios, geralmente (mas nem sempre) a seus amantes, provavelmente a seu médico, e às vezes a alguns poucos amigos próximos. O que uma pessoa realmente fazia em resposta a essa atitude poderia variar de tão pouco como clicar no botão 'A' nos formulário de censo, a escolher um nome assex, a fazer redução de peito ou de pelos do corpo, ajustes do timbre de voz, reescultura facial, 'empouchment' (cirurgia para fazer os genitais masculinos retráteis), todas as formas de assexualidade neural ou física, hermafroditismo ou exoticismo." (Distress, paperback ed., p. 45)
Um exemplo de personagem assexual simpaticamente apresentado na ficção científica é Aghora, um dos Metabarões de Alejandro Jodorowsky, que não é apenas assexual, mas também um transexual.
O conto de Samuel R. Delany de 1969, "Aye, and Gomorrah..." retrata uma sociedade onde astronautas se tornam sem sexo por que a radiação cósmica faz seus órgãos reprodutores inúteis.
No anime Soul Eater, o personagem Chrona não só se mostra um assexual tipo B(tem uma pequena paixão escondida pela garota Maka Albarn mas não se importa com sexo), mas também há a suspeitas de que seja um assexual, um humano sem sexo definido, devido às suas ações não serem nem as de um jovem garoto e nem de uma garota. Só mais tarde através do mangá é confirmado que Chrona é uma menina.
O romance de Ryan A. Morgan de 1997, John-Jack Christian, conta sobre um adolescente lutando para lidar com sua assexualidade num ambiente adolescente normal, antes de recorrer ao fisiculturismo para se manter são.
Na série original de TV Doctor Who (1963–1989), o Doutor quase sempre era retratado como assexual apesar de sua regular companhia de mulheres jovens e atraentes. Já que a primeira companheira do Doutor, Susan Foreman, foi apresentada por sua neta, frequentemente se assume, mas nunca foi confirmado, que o Doutor tenha sido casado anteriormente, e com filhos. O filme de 1996 causou alguma controvérsia entre os fãs do Doctor Who por ter o beijo do Oitavo Doutor com sua companheira Grace. Na nova série (2005), o Doutor ocasionalmente flerta, e tem um relacionamento romanticamente tingido com sua companheira Rose Tyler.
Nas tirinhas online da K. Sandra Fuhr, Boy Meets Boy (terminado) e Friendly Hostility (em produção), o cínico Collin Sri'Vastra diz ser assexual. Mais tarde ele cria um relacionamento com sua melhor amiga, Kailen "Fox" Maharassa, mas seu nível afetivo/romântico parece ser muito baixo, pelo menos no início.
Um dos personagens centrais do The House of Spirits de Isabel Allende, Clara, poderia ser considerada assexual. Nos anos posteriores, ela expressava uma falta de interesse no coito, comentando que isso apenas fazia seus ossos doerem.
O personagem central que dá o nome ao livro Deadeye Dick de Kurt Vonnegut é assexual devido a um trauma de infância.
Um dos personagens principais do Sitcom The Big Bang Theory de 2007, Sheldon Cooper é também considerado como sendo assexual.
O personagem Alê, interpretado por William Barbier em Malhação ID também é considerado assexual.
Em um episódio da 8ª temporada de House, M.D., o oncologista e melhor amigo do Dr. House, Dr. Wilson, trata um caso no qual o paciente se diz ser assexual, porém é depois descoberto que ele sofria de um prolactinoma (Adenomas Hipofisários Produtores de Prolactina; Tumores de Hipófise Produtores de Prolactina; Hiperpituitarismo; Tumor na Cabeça; Problema na glândula da cabeça. São tumores benignos da glândula hipófise que provocam sintomas hormonais de modo predominante, decorrentes da elevação do hormônio Prolactina).

Símbolos da assexualidade: 

Ao decorrer dos anos, e com um maior número de pessoas auto identificadas como assexuais nas comunidades espalhadas pelo internet, começaram a surgir alguns símbolos para caracterização desses grupos os quais acabaram ganhando conotação universal dentro do contexto da assexualidade.

Falaremos sobre quatro desses principais símbolos, os quais surgiram na AVEN – Asexual Visibility and Education Network (Rede de Educação e Visibilidade Assexual) – e depois ganhou adesão de outras comunidades espalhadas pelo mundo. 


Bandeira assexual
Foto: bandeira que representa a assexualidade.



Assim como em outras orientações assexuais, a assexualidade também possui a sua bandeira, em que cada diferente cor possui um significado próprio. 
A cor roxa é a cor padrão das comunidades assexuais. Representa a coesão dos grupos assexuais e os identifica com um padrão visual. 
Dentro da fluidez sexual humana, podem existir heterossexuais, homossexuais e bissexuais, que experienciam atração sexual ou interesse na prática sexual (cor branca), também podem existir os assexuais, que se caracterizam de forma oposta aos sexuais (cor preta), mas também há pessoas que se encontram em um estado intermediário, experienciando atração sexual em situações e momentos muito específicos (cor cinza). 
Percebe-se, então, que as cores preta, cinza e branca representam essa gradação da sexualidade humana. As pessoas representadas pelas escalas cinza e preta são as pertencentes ao grupo de assexuais, já aquelas da branca são as sexuais (hetero, homo ou bi) simpatizantes ou apoiadoras da questão assexual. 



Triângulo assexual 
Foto: símbolo da assexualidade

A partir da explicação da bandeira assexual, torna-se fácil o entendimento desse segundo símbolo. 
Considerando que a sexualidade humana é fluida, e que ela se manifesta diferentemente em cada pessoa, as diferentes orientações sexuais não estão totalmente segmentadas, mas sim coadunadas, como em um degradê, representado por esse símbolo. 
As duas pontas da parte superior correspondem à heterossexualidade e à homossexualidade, sendo a bissexualidade a parte central. A ponta inferior seria, então, a assexualidade. 
Assim, esse triângulo representaria melhor a sexualidade humana do que a simples fragmentação das orientações sexuais usada atualmente, pois existiriam algumas pessoas mais e menos heterossexuais, mais e menos homossexuais, e também mais e menos assexuais.



Bolo!!!
Esse símbolo é produto de uma grande brincadeira existente nas comunidades assexuais. 
Como para o assexual, até bolo pode ser melhor que sexo, a comida acabou sendo adotada em brincadeiras sobre a assexualidade, em comparações, e se tornou até mesmo uma forma de se desejar boas vindas aos novos membros de algumas dessas comunidades, principalmente na AVEN. 



Ás de espadas 
Em inglês, a pronúncia da primeira parte do nome "asexual" é "ace", que é, inglês, a forma de se chamar a carta "ás" do baralho. 

Com isso, ás de espadas se tornou o símbolo para os assexuais arromânticos e o ás de copas para os assexuais românticos. Entretanto, o ás de espadas é o mais popular na representação dos assexuais em geral.





Lista de pessoas que assumem ser assexuais:

  • David Jay 
  • Morrissey, ex vocalista do Smiths

Fontes e referências:





27/10/2015

Andrógino

Foto: Representação gráfica medieval de um ser humano andrógino 
tirado do livro Crônica de Nuremberg, primeiro publicado em latim e, 
no mesmo ano de 1493, também publicado em alemão
sob o título de Nürnberger Chronik; mas também largamente 
conhecido como Schedelsche Weltchronik, dada a autoria 
de Hartmann Schedel.
Fonte: domínio público.

1. Andrógino: 

Androginia refere-se a dois conceitos: a mistura de características femininas e masculinas em um único ser, ou uma forma de descrever algo que não é nem masculino nem feminino.
Pessoa que se sente com uma combinação de características culturais quer masculinas (andro) quer femininas (gyne). Isto quer dizer que uma pessoa andrógina identifica-se e define-se como tendo níveis variáveis de sentimentos e traços comportamentais que são quer masculinos quer femininos.

Conceito de androginia humana: 

O andrógino é aquele(a) que tem características físicas e, em aditivo, as comportamentais de ambos os sexos. Assim sendo, torna-se difícil definir a que gênero pertence uma pessoa andrógina apenas por sua aparência.
Andróginos que prezam por sua androginia normalmente utilizam adereços femininos, no caso de homens, ou masculinos, no caso de mulheres, para ressaltar a dualidade. Dado isso, tende-se a pressupor que os andróginos sejam invariavelmente homossexuais ou bissexuais que não é verdade, uma vez que a androginia ou é um caráter do comportamento e da aparência individual de uma pessoa ou mesmo sua condição sexual psicológica nada tem a ver com a orientação sexual (ou identificação sexual), ou seja, a atração erótica por determinado parceiro. Desse modo, pessoas andróginas podem se identificar como homossexuais, heterossexuais, bissexuais,  assexuais, ou, ainda, pansexuais.

Conceito na psicologia: 

Na psicologia, androginia é uma disforia de gênero rara que é responsável por uma condição psíquica em que o indivíduo se identifica como não sendo nem homem nem mulher, mas como uma pessoa de sexo mentalmente híbrido, o que se reflete em seu comportamento. Dentro da psicologia, Sandra Bem desenvolveu um teste no qual considera-se a masculinidade e feminilidade num plano bidimensional. Nessa modelagem, pessoas com traços significativos para a masculinidade e feminilidade obtidos, por exemplo, através do Inventário de Papéis Sexuais de Bem poderiam ser consideradas como andróginas.
Para a Psicologia Analítica, de Carl Gustav Jung, andrógino se refere a uma integração dos pares de opostos anima und animus, respectivamente o feminino e o masculino ambas características ao mesmo ser.

Na mitologia:

Andrógino é, também, segundo o livro "O Banquete", de Platão, uma criatura mítica proto-humana. No livro, o comediógrafo Aristófanes descreve como haveria surgido os diferentes sexos. Havia antes três seres: Andros, Gynos e Androgynos, sendo Andros entidade masculina composta de oito membros e duas cabeças, ambas masculinas, Gynos entidade feminina mas com características semelhantes, e Androgynos composto por metade masculina, metade feminina. Eles não estavam agradando os deuses, que os resolveu separar em dois, para que se tornassem menos poderosos. Seccionado Andros, originaram-se dois homens, que apesar de terem seus corpos agora separados, tinham suas almas ligadas, por isso ainda eram atraídos um por o outro. O mesmo ocorre com os outros dois. Andros deu origem aos homens homossexuais, Gynos às lésbicas e Androgynos aos heterossexuais. Segundo Aristófanes, seriam então divididos aos terços os heterossexuais e homossexuais.

Andróginos famosos: 

  • Andreja Pejic, modelo de carreira internacional.
  • Boy George, cantor de grande sucesso na década de 80 da banda Culture Club
  • Brian Molko, vocalista da banda Placebo
  • Debora Dyer ex-vocalista da banda Skunk Anansie.
  • Elly Jackson, vocalista da banda La Roux
  • Jonathan Rhys Meyers, ator e modelo irlandês conhecido por interpretar o rei Henrique VIII da Inglaterra na série The Tudors
  • Marilyn Manson, vocalista da banda Marilyn Manson
  • Visual Kei, estilo musical onde o visual andrógino é comum.


Os 10 piores países do mundo para os gays

Ser gay em alguns países é considerado ilegal

Por Redação ADM

Em pelo menos 40 países no mundo, ser homossexual é ilegal, segundo um levantamento sobre direitos humanos realizado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos com dados de 2011. As penas vão desde multas até prisão perpétua. 
Alguns desses países são, inclusive, destinos turísticos muito procurados e onde não se imagina encontrar esse tipo de punição. Dentre eles, selecionamos 10 países. Veja a lista a seguir:

1 - Egito:

No Egito, a lei não criminaliza explicitamente a atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo, mas permite que a polícia prenda homossexuais sob o argumento de "libertinagem", segundo o relatório do Departamento de Estados dos Estados Unidos. 
O relatório destaca que gays e lésbicas enfrentam um significativo estigma na sociedade e nos ambientes de trabalho, o que dificulta sua organização em movimentos sociais

2 - Jamaica:

Na Jamaica, a lei proíbe atos de "indecência grosseira" entre pessoas do mesmo sexo, em lugares públicos ou privados. A punição chega a dez anos de prisão. A homofobia é bastante espalhada pelo país. Através de músicas e do comportamento de alguns músicos, a cultura local auxilia a perpetuar o preconceito, segundo o relatório. 
Grupos locais relatam abusos aos direitos humanos, incluindo "sequestros corretivos" e ataques. A polícia não costuma investigar os incidentes. O relatório destaca que o clima de medo leva pessoas a abandonarem o país e as leis as deixam vulneráveis a extorsões de vizinhos.

3 - Irã:

A lei criminaliza a atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo. Um homem pode ser condenado à morte por esse motivo. A punição dos homossexuais não-muçulmanos é pior caso seu parceiro seja muçulmano. A pena para os homens também é pior que a das mulheres. 
Ao contrário de alguns países em que a lei que pune os homossexuais com a morte não é seguida, no Irã ocorreram, recentemente, execuções por esse motivo. No ano passado, três pessoas foram executadas por sodomia. Foi a primeira vez em muitos anos que indivíduos foram executados somente por esse motivo, já que normalmente a causa é combinada a outros crimes, como sequestro, roubo com uso de armas ou crimes contra a ordem nacional.
Uma unidade voluntária do Poder Judiciário do país monitora e relata "crimes morais", segundo o relatório. Buscas em casas e monitoramento de sites em busca de informações sobre homossexuais também ocorrem. O governo censura materiais relativos a assuntos LGBT.

4 - Emirados Árabes:

A lei civil e a lei islâmica criminalizam atos homossexuais. Pela lei islâmica, a punição é a morte, de acordo com o relatório do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Em 2011 não houve nenhum processo por esse motivo, segundo o levantamento. Não raro, o governo submete pessoas a tratamento psicológico e aconselhamento.
O cross-dressing (pessoas que se vestem com artigos do sexo oposto) é considerado uma ofensa e pode ser punido.

5 - Líbano:

Durante 2011, a discriminação oficial de gays, lésbicas e simpatizantes permaneceu no Líbano, segundo o documento. As leis do país proibem o "ato sexual não-natural". A punição pode chegar a um ano de prisão, mas é raramente aplicada. Há um relato de um homem que foi delatado à polícia pela própria mãe. 
No país, existem ONGs LGBT que realizam encontros regulares. Em 2010, uma ONG local observou menos de 10 execuções.

6 - Tunísia:

Na Tunísia, relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo seguem sendo ilegais sob o código penal, que prevê penas de até três anos de prisão, segundo o relatório. Há também evidências de discriminação, incluindo relatos de que policiais, às vezes, prendem homossexuais e os acusam de serem fonte de HIV. 
Não há, no entanto, relatos de pessoas presas por causa da homossexualidade, mas um ativista LGBT do país já relatou violência, perseguições e ataques de indivíduos descritos pelas vítimas como Salafistas. 

7 - Indonésia:

Uma lei de 2008 proíbe a atividade homossexual, segundo o relatório. Há também regulações locais que criminalizam o ato. Há relatos de que o governo não faz muitas ações para prevenir a discriminação. 
Organizações LGBT e ONGs atuam abertamente. Mas alguns grupos religiosos, esporadicamente, interrompem organizações LGBT – e as pessoas, vez ou outra, são vítimas de abuso policial. 
Em 2011, um festival de cinema limitou sua divulgação em decorrência dos protestos de que foi vítima em 2010. 

8 - Uganda:

Em Uganda, atos homossexuais são criminalizados por uma lei da era colonial. A pena chega à prisão perpétua - e já houve tentativas para que a pena de morte fosse incluída em alguns casos. 
As pessoas não chegam a ser condenadas diretamente pela lei, mas por "ofensas relacionadas", como "práticas indecentes". A discriminação priva pessoas de serviço médico e impede que grupos LGBT registrem-se como ONGs. 
No começo de 2011, David Kato, um ativista local que havia processado um jornal do país que publicou uma foto sua e o classificou como homossexual foi espancado até a morte. A Corte do país determinou que o jornal havia violado os direitos constitucionais à privacidade das pessoas que tiveram suas fotos, identidades e endereços publicados na matéria.

9 - Moscou:

Ná Rússia há discriminação aos membros da comunidade LGBT. Ativistas afirmam que muitos homossexuais escondem sua orientação com medo de perder seus empregos ou casas ou de serem tratados com violência. 
Em Moscou, as autoridades não permitem a realização de uma Parada Gay, apesar de alegações de que a proibição viola os direitos de liberdade. No entanto, há registros da ocorrência de paradas anti-gays. 

10 - Guiana:

Na Guiana, há a punição com prisão perpétua para a atividade sexual entre homens, segundo o relatório. Há relatos de alguns processos desse tipo, mas não há números. É mais comum que a polícia use essa lei para intimidar supostos casais gays. 
O relatório destaca que, o ministro da saúde, em um discurso em uma conferência sobre AIDS disse que essa lei é contraditória a liberdade de expressão individual.

Fonte:

• Revista Exame. Mundo – "Os piores países do mundo para os gays". 09/09/2012.