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11/11/2013

Prazer transformado em negócio

GOOD VIBRATIONS 

Por Rosário Mello e Castro*


"A sexualidade feminina está na mira das farmacêuticas. Entre o ponto G, o Viagra feminino e os potenciadores do orgasmo, andará a nossa vida sexual a passar-nos ao lado?"


Quando, em pleno virar do milênio, Liz Canner* aceitou realizar um filme erótico para uma pequena empresa farmacêutica, não sabia que passaria os nove anos seguintes a pensar em orgasmos. Intrigada pelo crescimento acelerado da ciência do prazer feminino, e já com um documentário de sucesso na manga, a jovem realizadora lançou-se à investigação. Só que, em vez de desígnios nobres, encontrou uma industria cheia de segundas intenções.


Foto: Nudes Glamour Fashion. Autora: Paola Kullock



O alarme terá soado ainda mais alto em Fevereiro de 2001. Pouco tempo depois do Dia dos Namorados, a conhecida apresentadora Oprah Winfrey* declarava estado de alerta nacional: há uma epidemia secreta a crescer nos Estados Unidos. Chama-se Disfunção Sexual Feminina e afeta quase metade das mulheres. Números que colidiam com as estatísticas anteriormente apresentadas, que apenas atribuíam problemas sexuais a cerca de 12% da população feminina. Estariam as mulheres a viver um momento de crise sexual ou apenas cansadas de mudar as fraldas dos filhos? o documentário Orgasm Inc., denunciou o lado mais negro da demanda farmacêutica por fórmulas capazes de acender o desejo sexual feminino, mas deixa muitas outras questões por resolver.

O aproximar da relação entre as mulheres e as diferentes formas de viver a sua sexualidade não é de agora. “Há algum tempo que as sex shops deixaram de fazer parte do submundo masculino”, confirma a sexóloga Marta Crawford*, conhecida pelas suas participações televisivas e pelos artigos na imprensa nacional. “A partir do momento em que há lubrificantes e minivibradores à venda nas farmácias e nas lojas de decoração, sabemos que estamos a evoluir”, acrescenta. Mas, numa altura em que as investigações científicas incluem procedimentos como o rejuvenescimento vaginal ou a injeção do amor, nada é o que parece. Será a relação sexual exclusivamente coisa do passado? E o que dizer das atitudes femininas perante tudo que à sua volta tem acontecido?

Sentado num elegante café lisboeta, Flávio Gikovate* reconhece que se fala e se pratica mais sexo, mas assinala um impasse determinante. “Desde os anos 60, época em que a descoberta da pílula estimulou uma revolução sexual sem precedentes, que não ocorrem grandes progressos nesta área.” Científicos ou não. Por outro lado, continua, “não restam dúvidas de que os avanços mais importantes aconteceram com as mulheres, hoje muito mais livres e com maior acesso à educação, onde já ultrapassam os homens”.

O conhecido psicoterapeuta brasileiro está na capital para falar sobre Sexo (da MG editores, distribuída em Portugal pela Dinalivro). Ao trigésimo livro publicado, e depois de refletir sobre temas como o amor ou o vício, era inevitável voltar a dedicar um livro à sexualidade humana. “Persistem inúmeros enganos e preconceitos por resolver”, justifica. A começar pela própria relação sexual, que se “transformou numa acrobacia, que implica atos quase heroicos de parte a parte”, brinca.

Será também essa a explicação por detrás da cruzada pela descoberta do Viagra feminino, o Santo Graal dos produtos sexuais. Entre alguns avanços e muitos recuos, encontrar uma fórmula eficaz, mas também comercializável, é uma vontade antiga das farmacêuticas. E a verdade é que a sua procura derivou, pelo menos em parte, do interesse das mulheres em experimentá-lo (admitamos que ver Samantha, de O Sexo e a Cidade, a viver o mais estridente dos orgasmos depois de o seu parceiro lhe oferecer o pequeno comprimido azul é, no mínimo, tentador).

“A ‘medicalização’ do orgasmo feminino é uma tendência real, mas também um risco, pois as mulheres são vulneráveis a um sempre-número de fatores, da auto-estima à educação”, diz-nos Marta Crawford. É também isso que reflete a experiência clínica de Gabriela Moita, para quem ainda são muitas mulheres que suspiram por melhores vidas sexuais. “Há muito a fazer para tornar real o mito da libertação sexual”, diz-nos a psicóloga, doutorada em Sexologia. “Se, no século XIX, as verdadeiras mulheres não tinham prazer e as que tinham eram doentes, hoje, se as mulheres não tem prazer, só podem estar doentes”, avalia. Haverá maior espartilho à liberdade do que este? A opinião pode parecer exagerada, mas este é um sinal dos tempos que muitas estatísticas comprovam.

As dúvidas persistem noutros campos da sexualidade feminina. Basta lembrar que três décadas passadas desde a “descoberta” do ponto G, a sua (in)existência continua a dividir psicólogos e sexólogos, e, claro está, a desesperar casais nos quatro cantos do planeta. Mesmo se algumas mulheres (e provavelmente muitos homens) dizem tê-lo sentido, anos de pesquisa e especulação não chegaram para confirmar a presença destes dois centímetros de prazer absoluto. Ainda meses atrás, foi a vez de um grupo de cientistas do King´s College de Londres colocar mais um ponto e vírgula na questão, anunciando a impossibilidade de encontrá-lo. A conclusão surgiu depois de uma extensa análise das anatomias e dos hábitos sexuais de mil e oitocentas mulheres britânicas. “É praticamente impossível achar-lhe o rasto”, terá dito Tim Spector*, um dos líderes da investigação. Mas a determinação do investigador dificilmente acalmará os ânimos de algumas imprensas sensacionalistas e de certos terapeutas sexuais. “Centrar o prazer é um disparate (basta lembrarmo-nos que são mais de 80% das mulheres que precisam da estimulação do clitóris para atingir o orgasmo)”, defende Gabriela Moita. “Para algumas mulheres, o ponto G está no pescoço; para outras, na ponta dos dedos; cada pessoa encontra-os à sua maneira.” Uma tarefa complicada tendo em conta que passamos a infância, e parte da adolescência, a acreditar que o sexo é tão fácil como nos filmes: arrancam-se peças de roupa, soltam-se gemidos e a magia acontece.

As notícias que nos chegam da Universidade de Aveiro confirmam esta atitude. Depois de conduzir um estudo com cerca de sessenta voluntários nacionais, o Sexlab, laboratório de investigação sexual integrado naquela instituição, descobriu que as mulheres excitam-se mais com filmes pornográficos do que os homens. Mas há mais. Experiências que expõem mulheres e homens a imagens de sexo explícito comprovam que ao olhares de ambos são desviados para os mesmos pontos.

“A relação sexual transformou-se numa acrobacia, que implica atos heroicos de parte a parte” (Flávio Gikovate*)


Algo que não surpreende Mário Boto Ferreira*. “Nestas situações, tanto as mulheres como os homens demonstram o tipo de reações fisiológicas que normalmente acompanham a excitação sexual, mas, quando questionados, eles assumem-se mais excitados do que elas”, clarifica. Por outras palavras, os impulsos estão lá, mas não à-vontade para os revelar.

Outros dos “maiores erros do pensamento psicanalítico”, lembra Flávio Gikovate, “é a crença de que sexo e amor fazem parte do mesmo impulso instintivo”, ou que “excitação e desejo são a mesma coisa”. E as diferenças entre excitação e desejo ganham especial relevância na hora de medicar ou não a sexualidade feminina. “O desejo implica atividade, uma busca por algo que nos é exterior; a excitação, por sua ver, identifica um estado interior de inquietação, que pode ocorrer sem influencia exterior”, clarifica o médico brasileiro. Por outras palavras, é normal que os casais que estão juntos há muito tempo sintam menos desejo um pelo outro, mas são muitas as formas de dar a volta à situação. Seja com a ajuda de um novo tratamento, de um vibrador mais potente ou de um tema de Barry White ou Mavin Gaye.


Referências e notas:



  1. *Rosário Mello e Castro. Jornalista e editor da Revista VOGUE/Portugal. Revista VOGUE Portugal set./2010.
  2. *Liz Canner. Cineasta americana, faz documentários sobre arte pública digital e projetos de mídia sobre questões de direitos humanos. Ela muitas vezes emprega tecnologias de ponta para explorar as questões sociais a partir de uma nova perspectiva. Um bom exemplo disso é o seu documentário Sinfonia de uma Cidade que foi aclamado pela crítica. Seu documentário Abraço mortal: Nicarágua, o Banco Mundial e o FMI (1995), foi um dos primeiros filmes a olhar criticamente para os efeitos do Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial e a política de globalização. Dirigiu o Orgasm Inc.: A Ciência do estranho do Prazer Feminino (Cannes, 2009), um documentário de longa metragem de investigação sobre a indústria farmacêutica e saúde da mulher. Formou com honras em Antropologia e Artes Visuais da Brown University em 1991. Ela possui mais de 50 prêmios, honrarias e subsídios para o seu trabalho, incluindo o Rockefeller Foundation Fellowship Next Generation Leadership para "a criação de projetos inovadores de mídia para o fortalecimento da democracia".
  3. *Oprah Winfrey. Oprah Gail Winfrey (Kosciusko, 29 de janeiro de 1954), mais conhecida simplesmente por Oprah Winfrey, é uma apresentadora de televisão e empresária estadunidense, vencedora de múltiplos prêmios Emmy por seu programa The Oprah Winfrey Show, o talk-show com maior audiência da história da televisão estadunidense. É também uma influente crítica de livros, uma atriz indicada a um Oscar pelo filme A cor púrpura e editora da revista The Oprah Magazine. De acordo com a revista Forbes, Oprah foi eleita a mulher mais rica do ramo de entretenimento no mundo durante o século XX, uma das maiores filantropas de todos os tempos e a primeira mulher negra a ser incluída na lista de bilionários, em 2003. Em 2010, é a única mulher a permanecer no topo da lista por quatro anos. Apresentou o programa de entrevistas, The Oprah Winfrey Show, que ficou no ar durante vinte e cinco anos. Seu último programa foi ao ar em 25 de maio de 2011. Oprah agora irá dedicar-se a sua própria rede, OWN (The Oprah Winfrey Network) e outros projetos pessoais. Oprah também é Psicóloga, e foi a apresentadora mais bem paga da história da televisão estadunidense, e ganha cerca de 50 milhões de dólares por mês com todas as suas incumbências profissionais.
  4. *Marta Crawford. Psicóloga Clínica, pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), especialista em Sexologia Clínica pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Terapeuta Sexual credenciada pela Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica e Terapeuta Familiar pela Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar. Foi professora na Universidade Lusófona, pertenceu à equipa de aconselhamento e encaminhamento telefônico da linha SOS Dificuldades Sexuais. Trabalhou no Instituto de Emprego e Formação Profissional e colaborou no acompanhamento psicológico de doentes do Serviço de Psicoterapia Comportamental do Hospital Júlio de Matos. Formadora, conferencista e terapeuta, apresentou o programa televisivo "AB Sexo", na TVI em 2005 e 2006,colaborou na rubrica de Psicologia no programa "Factor M" na RTP1, em 2007, e apresentou o programa "Aqui Há Sexo", na TVI24 em 2009. O programa "100 TABUS", estreou em 2012 e atualmente ainda se encontra em exibição na SIC MULHER. Foi cronista do Diário de Notícias, do Mundo Universitário, da revista Lux Woman e do Jornal i. Publicou o seu primeiro livro Sexo sem Tabus, em Outubro de 2006, e Viver o Sexo com Prazer - Guia da Sexualidade Feminina, em Março de 2008, e Diário Sexual e Conjugal de um Casal, em 2011.
  5. *Flávio Gikovate. É médico-psiquiatra, psicoterapeuta, conferencista e escritor. Atualmente apresentando o programa “No Divã do Gikovate”, na rádio CBN, e dedicando a maior parte do tempo à clínica. Com 32 publicados já vendeu um milhão de exemplares, foi colunista na Folha de São Paulo, revista Cláudia, teve um programa na TV Bandeirantes e, desde 2007, apresenta o premiado “No Divã do Gikovate” pela rádio CBN (edição nacional).
  6. *Gabriela Moita. Psicóloga, desenvolve um vasto trabalho na área da sexualidade e é co-responsável, por um programa televisivo sobre amores difíceis (na TV Portuguesa). Tem centrado a sua investigação na área da homofobia, de modo a poder perceber como se pode anulá-la, desmontando a sua construção, e permitir que as pessoas possam viver num mundo que dê possibilidades a todos. Em 2003, recebeu o Prêmio Arco-íris, pela Associação ILGA Portugal, como forma de reconhecimento e incentivo à sua luta contra a homofobia.
  7. *Tim Spector. Professor de Epidemiologia Genética do Kings College de Londres e diretor do Departamento de Pesquisa de Gêmeos e Epidemiologia Genética do Hospital St Thomas, em Londres. Professor Spector formou Hospital Medical School de São Bartolomeu, em Londres, em 1982. Depois de trabalhar em Medicina Geral, ele completou um mestrado em Epidemiologia, e seu grau de MD, da Universidade de Londres, em 1989. Escreveu vários artigos originais sobre a hereditariedade de uma ampla gama de doenças e traços, incluindo dor nas costas, acne, inflamação, obesidade, memória, habilidade musical e sexualidade.
  8. *Mário Boto Ferreira. Psicólogo. Professor da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa e doutorado em Psicologia Social.


07/11/2013

Desejos e erotismo femininos em "Tram"

Ponto de vista feminino em meio à tradição tcheca de Michaela Pavlátová


Por redação ADM

Michaela Pavlátová* é uma artista completa e com muita coragem. Ela vive perto dos limites, aborda sem medo temas ainda polêmicos, como a sexualidade e o erotismo feminino. A artista tcheca já é figura carimbada no Anima Mundi que em 2012 trouxe seu filme "Tram", às telas brasileiras. E é sobre ele que escrevemos a seguir.


Foto: A condutora de Tram e seus passageiros: os desejos femininos 
como pauta na animação


Em Tram, Michaela aborda a rotina e os desejos de uma condutora de bonde, que se entrega as fantasias eróticas envolvendo seus passageiros. O curta foi feito como parte do projeto Sexperiencies, produzido pela Association Beaumarchais e Procirep, que realizou uma coleção de curtas que exploram a sexualidade feminina.


Foto: animadora, produtora, cineasta e diretora Michaela Pavlátová


E esse é justamente um dos diferenciais de Michaela em meio à tradição tcheca de animação: o ponto de vista feminino. Em um país com nomes de peso como Jiří Trnka e Jan Švankmajer – que veio ao Brasil como convidado do Anima Mundi de 95 – era necessário uma visão diferenciada. Em comparação aos artistas anteriormente citados, os interesses da animadora são muito mais pessoais, exploram as motivações emocionais por trás dos dramas banais do cotidiano.

Ela mesmo confessa essa tendência no seu curta-metragem This Could Be Me: “Eu gosto do mundo das coisas comuns. A realidade pode ser mais interessante do que a ficção. (…) Eu gosto de observar as pessoas, de observar seus rostos e criar histórias escondidas atrás de suas palavras.


Trailer do curta "Tram" de Michaela Pavlátová


Mas ao mesmo tempo, a artista indicada ao Oscar em 1992 tem similaridades com a tradição de seu país, que como o escritor especialista em animação Chris Robinson define é conhecido por “uma combinação estranha do racional com o absurdo“. E nisto Pavlátová é especialista. A animadora utiliza-se de associações e símbolos (como a marcha que a condutora de Tram manuseia, assim como os bilhetes que seus passageiros inserem na caixa do bonde) carregados de significado para transmitir suas histórias, que são uma mistura de ironia, humor negro, e claro, um deleite pelo absurdo e pelo erotismo. Quem disse que animação é só para as crianças?


Sobre a autora:


Os filmes animados de Pavlátová receberam vários prêmios em festivais de cinema internacionais, incluindo uma indicação ao Oscar em 1993 para o 65º Prêmio da Academia e o Grande Prêmio do Festival Internacional de Cinema de Montreal por Reci, Reci, Reci/Words, Words, Words. Seu curta animado Repete ganhou uma série de prêmios, incluindo o Urso de Ouro de melhor curta no Festival internacional de Cinema de Berlim em 1995, o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema de Animação de Annecy em 1997 e o Grande Prêmio no Festival Internacional de Animação de Hiroshima em 1996.


Seu filme mais recente, Tram, ganhou o prêmio Cristal de Annecy no Festival de Cinema de Animação de Annecy em 2012, e é um provável candidato ao Oscar em 2012. O filme retrata as fantasias eróticas de uma condutora de bonde, e foi concebida como parte de uma antologia chamada Sexperiences, dirigida por Sandra Schultze, e produzida por Ron Dyens, pela produtora Sacrebleu Productions. De acordo com o crítico Olivier Cotte, "desejo e sensualidade são preocupações constantes" dos filmes de Pavlátová. O filme demorou seis meses para ser produzido, usado o software Adobe Flash.

Entre 1998 e 2001, Pavlátová dividiu seu tempo entre Praga e São Francisco, onde ela começara a trabalhar como diretora de arte na companhia Wild Brain. Na empresa, ela produziu trabalho comercial para marcas como Nestlé, Kodak e Mazda, além de criar e dirigir Graveyard, uma série animada sobre infortúnios que resultam na morte. Graveyardfoi exibida na sessão Panorama em Annecy e ganhou o primeiro prêmio em sua categoria no festival World Animation Celebration. A série foi originalmente criada em Adobe Flash como um site interativo que imitava um cemitério, no qual cada episódio era exibido à medida que o usuário clicava em determinada lápide. Posteriormente algumas histórias foram selecionadas e compiladas na forma de um filme animado. Pavlátová, sobre sua adoção do Flash no fim dos anos 90, disse: "É uma grande e repentina liberdade para os animadores, agora eles podem trabalhar em casa".


Referências e notas:



  1. * Michaela Pavlátová. Formada na Academia de Artes, Arquitetura e Design de Praga em 1987. Ela ensina animação em Praga na FAMU / Academia de Artes Performáticas em Praga, Escola de Filme e TV (Tcheco: Filmová a televizní fakulta Akademie múzických umění v Praze). Ela também ensinou na VSUP / Academia de Artes, Arquitetura e Design em Praga (Tcheco: Vysoká škola uměleckoprůmyslová v Praze, abreviada VŠUP). Em São Francisco ensinou na Academy of Art University, no Computer Arts Institute e no California College of the Arts, assim como no Departamento de Estudos Visuais e Ambientais na Universidade de Harvard.
  2. Wikipédia. Verbete Michaela Pavlátová.
  3. Anima Mundi. Disponível em: clique aqui.

04/11/2013

5 dicas de como aumentar o prazer durante o sexo

5 preliminares para aumentar o prazer durante o sexo

Por Redação ADM



Românticas ou não, a maior parte das mulheres sempre espera uma noite de amor com horas e horas de sinos tocando durante o sexo. Na vida real, no entanto, maratonas sexuais podem ser um pouco frustrantes. Na verdade, diversas pesquisas já mostraram que a maior parte dos casais prefere que o sexo dure não mais do que 15 minutos.



Foto: Kiss. Fonte: Banco de imagens royalty free

Para aumentar o prazer nessas "rapidinhas" - que convenientemente se encaixam bem na rotina cada vez mais atribulada dos jovens casais -, a revista Health Magazine elaborou algumas dicas para fazer desses poucos minutos momentos de pura excitação para você e seu parceiro. Confira:
  1. Não pare de beijar. Beijinhos e beijões durante as tarefas comuns aumenta a velocidade com que você e o parceiro ficam excitados, pois o organismo já começa a se preparar para o sexo. Além disso, o gesto fará com que vocês se sintam mais íntimos, sem que a rapidez deixe uma sensação de vazio depois.
  2. Mantenha-se vestida. Por que perder minutos preciosos tirando a roupa? Além disso, deixar uma peça aqui e ali é uma poderosa forma de excitar o parceiro. É como se ambos não pudessem esperar em segundo para curtirem o sexo.
  3. Mudem de lugar. Cinco minutos de sexo na cama provavelmente não a deixará tão feliz. Mas cinco minutos durante o banho? Ou na mesa da cozinha? A novidade é sempre um poderoso aliado para aumentar a excitação, especialmente quando há o risco de serem flagrados por alguém.
  4. Fantasie. Quando você está tentando entrar no clima o mais rápido possível, fantasiar com cenas excitantes pode ajudar - e muito! - no processo. Isso porque o cérebro irá reagir às imagens e preparar o corpo para o sexo. Além disso, você irá ficar mais concentrada no parceiro, o que já é por si só uma excelente preliminar. 
  5. Converse. Não, não estamos falando de uma DR em pleno sexo. Fale com seu parceiro durante o ato. Sussurre, grite, fale coisas doces ou apimentadas. Isso ajuda ambos a manter o foco um no outro e a lembrar do que os dois têm de especial que os mantém atraídos. 

Referências e notas:

  1. Revista Health. Disponível em: http://www.health.com/health/ 
  2. Foto: banco de dados royalty free.

29/10/2013

Sexo sem neuras: nunca tive um orgasmo




(Flávia, diz que sente prazer durante o sexo, mas nunca chegou ‘nos finais dos finais').


Foto: La Première Pose, óleo sobre tela.
Artista: Pierre Carrier-Belleuse (1851-1932).
Fonte: Wikimedia Commons.


A Flávia contou a seguinte história dela para a iGirl:

“Tenho 20 anos e namoro faz três com um cara, mas acho que nunca tive um orgasmo. Não por falta de sentir prazer, pelo contrário, mas sinto que não consigo chegar ‘nos finais dos finais’. Não sei o que fazer para melhorar essa situação, principalmente para o meu psicológico. O que devo fazer? Isso é um problema comigo? Que médico procurar?” Vamos às possíveis respostas:

  • Não saber se teve orgasmo – Isso é bastante comum com uma parcela grande das mulheres na fase de iniciação sexual. O orgasmo é uma sensação de máximo de prazer que dura apenas 8 a 10 segundos. Muitas vezes, é menos intensa do que a gente espera e, por isso, há quem não saiba se já chegou lá ou não. Da próxima vez que for para a cama, veja se sente um ponto máximo de prazer, um clímax, que passa rápido e dá uma sensação de relaxamento logo em seguida. Isso é o orgasmo.

  • Os finais dos finais – Mas, se você se observar e observar que nunca chegou nesse ponto mesmo, apesar de sentir bastante prazer, então é o caso de verificar outras coisas. A primeira: o que passa na sua cabeça na hora do sexo, quando as coisas esquentam? Será que você fica se cobrando “Tenho que chegar ao orgasmo” ou “Preciso conseguir dessa vez”? Ou ainda fica se desconcentrando com pensamentos do tipo “Acho que tem algo de errado comigo”? Isso tudo é fatal ao orgasmo.

  • Uma dica para chegar lá – Na hora do sexo, não fique deixando o pensamento viajar para ideias que tiram o seu foco do que está rolando no momento. Desencanar, relaxar e concentrar-se apenas nas sensações prazerosas é o caminho mais poderoso para atingir o orgasmo.

  • O lado psicológico – Sim, chegar ao orgasmo tem a ver com ficar bem com o seu emocional, para poder se entregar às sensações do momento sem cobranças nem preocupação. O especialista que atende as questões de orgasmo feminino é o psicólogo ou a psicóloga. Nas sessões de psicoterapia, você vai falar sobre o que a angustia e um mais uma infinidade de coisas que tenham a ver com a sua vida como um todo, tudo com o objetivo de encontrar jeitos mais prazerosos de lidar com o sexo e a sua sexualidade. Vale a pena!

Referências e notas:

  1. *Laura Muller - Psicóloga clínica, educadora sexual e comunicadora social. Sua atuação profissional hoje se divide basicamente em palestras que faz por todo o Brasil com temas relacionados à sexualidade e relacionamentos, nos atendimentos psicológicos a jovens, adultos e terceira idade (individualmente, a casais ou a famílias) em seu consultório particular em São Paulo, e nas participações como sexóloga do programa "Altas Horas", de Serginho Groisman, da tv Globo. Escreve para seu site "Laura Muller", atualmente, para o portal iG, no site iGirl, com a coluna SEXO SEM NEURAS, que vai ao ar a cada quinze dias, e faz mensalmente a coluna SEXUALIDADE para o site Bayer Jovens. Além disso, há os quatro livros: "500 PERGUNTAS SOBRE SEXO" e "500 PERGUNTAS SOBRE SEXO DO ADOLESCENTE", lançados pela editora Objetiva em 2001 e 2006, "ALTOS PAPOS SOBRE SEXO – DOS 12 AOS 80 ANOS", publicado pela editora Globo Livros em 2009, e "EDUCAÇÃO SEXUAL EM 8 LIÇÕES – UM GUIA PARA PROFESSORES E PAIS", que acaba de ser lançado pela editora Academia do Livro.
  2. Wikimedia Commons (também conhecido como Commons ou Wikicommons) é um projeto mantido pela Wikimedia Foundation com o objetivo de servir de repositório para imagens e outros tipo de multimídia livre. Proposto em Março de 2004 e lançado em 7 de Setembro do mesmo ano. Trata-se de um projeto multilinguístico, ou seja, todo o conteúdo referente à descrição dos ficheiros não se encontra apenas em uma língua, e ao contrário dos sistemas de carregamento de ficheiro de outros projetos, todos ficheiros carregados para o Wikimedia Commons podem ser utilizados por todos projetos, criando assim um repositório central.
  3. SEXO SEM NEURAS - Coluna do iGirl - Nosso corpo.

A sexualidade humana

A polêmica da sexualidade humana


Foto: Símbolos dos sexos, o verde representa o transgênero,
o azul o masculino, o rosa o feminino. Fonte: Web montagem ADM





A sexualidade de um indivíduo define-se como sendo as suas preferências, predisposições ou experiências sexuais, na experimentação e descoberta da sua identidade e atividade sexual, num determinado período da sua existência.



Atualmente, ocorre por parte de alguns estudiosos a tentativa de afastamento do conceito de sexualidade da noção de reprodução animal associada ao sexo. Enquanto que esta noção se prende com o nível físico do homem enquanto animal, a sexualidade tenderia a se referir ao plano psicológico do indivíduo. Além dos fatores biológicos (anatômicos, fisiológicos, etc.), a sexualidade de um indivíduo pode ser fortemente afetada pelo ambiente sócio-cultural e religioso em que este se insere. Por exemplo, em algumas sociedades, na sua maioria orientais, promove-se a poligamia ou bigamia, isto é, a possibilidade ou dever de ter múltiplos parceiros.


Em algumas partes do mundo a sexualidade explícita ainda é considerada como uma ameaça aos valores político-sociais ou religiosos.

Referências e notas:

  1. Fontes de pesquisa: Internet e Wikipédia.