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Elas, Madalenas


FOTOGRAFIA: Lucas Ávila*
LOCAL: Memorial Minas Gerais Vale



A exposição fotográfica “Elas, Madalenas”, fruto de uma pesquisa realizada há 3 anos em Belo Horizonte, retrata transgêneros (travestis, transexuais, drag-queens, transformistas, andróginos) em situações cotidianas. Serão 10 fotografias expostas na escadaria principal do Memorial Minas Gerais Vale, na Praça da Liberdade e outras 10 disponíveis para o público, impressas em formato pop-card e disponíveis na entrada do museu. As fotografias foram realizadas durante o dia, em casa ou nos locais que elas frequentam. Elas abordam um recorte da realidade pouco visto pela sociedade que tanto as marginaliza, já que são feitas nos ambientes íntimos, com pessoas de diferentes idades, condições econômicas e ocupações profissionais. O objetivo é fazer com que o espectador veja a transição de gênero com naturalidade.

Para que eu consiga montar esta exposição fotográfica, preciso de R$ 6.500 (seis mil e quinhentos reais) que irão cobrir os custos de todo material gráfico, impressão e montagem. Após mais de um ano de intensa tentativa de um fundo de financiamento, o Memorial Minas Gerais Vale, na Praça da Liberdade, gentilmente cedeu um local para ser realizada minha exposição de fotos deste trabalho. A exposição, marcada para o dia 09 de abril, ficará 20 dias no museu com entrada gratuita e fará parte do projeto “Transgressões no Museu”, do Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte.

Como recompensa, criei presentes para todos os bolsos, que vão desde fotos inéditas do trabalho, livros sobre o assunto e até um jantar com todos os envolvidos no projeto.

Preciso muito da ajuda de vocês para poder realizar esta exposição.

Peço que vocês contribuam, peçam aos amigos, compartilhem, me ajudem.

O nome “Elas, Madalenas” é uma referência à controversa imagem bíblica de Maria Madalena. Se para alguns pesquisadores dos evangelhos apócrifos ela foi considerada esposa e cúmplice de Jesus Cristo, para outros ela é a prostituta arrependida, salva momentos antes do apedrejamento. Por mais que os registros bíblicos não citem ou relacionem Maria Madalena à prática da prostituição, seu nome se tornou popularmente associado ao pecado, arrependimento ou negação da moralidade vigente na sociedade ocidental. A Igreja Católica considera Maria Madalena uma santa, fiel discípula de Jesus que acompanhou seu calvário e a primeira a anunciar sua ressurreição. Assim como ela, a imagem dos transgêneros no Brasil também está popularmente relacionada à marginalidade. Mas como é o dia a dia destas pessoas? Como vivem? Onde moram? É isso projeto “Elas, Madalenas” pretende mostrar.

REALIZADOR:
*Lucas Ávila é jornalista, fotógrafo e geógrafo. Participou da exposição Travessia, em 2013, sobre prostitutas de Belo Horizonte.

GASTOS PREVISTOS:
Impressão das fotografias em totens: R$ 3.000
Impressão de 5000 fotografias em pop-cards: R$ 1.000
Impressão de cartazes, folders e programa da exposição: R$ 1.000
Montagem e cenografia: R$ 1.000
Produção das peças gráficas: R$ 500

Contribua, clique aqui para acessar a página e obter maiores informações.

Fontes e referências:

  1. Elas, Madalenas. Youtube.
  2. Projeto Elas, Madalenas. Site "Variável 5".

Clínicas tratam gays na China com choques

Preconceito contra orientação sexual se mantém forte, apesar de mudanças sociais

Por redação ADM

Foto: Ativistas do Centro LGTB de Pequim protestam em frente à clínica
que oferece "orientação sexual". Fonte: divulgação ADM


Pequim – Zang se submeteu a choques elétricos nos genitais, enquanto assistia a filmes pornográficos. O procedimento é um dos mais extremos adotados na China para “corrigir” a orientação sexual. “Achava que tinha que tentar para ver se havia possibilidade de me tornar uma pessoa normal”, declarou o jovem de 25 anos, que preferiu revelar apenas o sobrenome. Ele escolheu recorrer a esse método para “não decepcionar sua família”. Na China, a relação entre pessoas do mesmo sexo ainda é um tabu e considerado uma desonra. “Quando reagia às imagens, levava um choque elétrico”, pouco intenso, mas doloroso, lembra Zhang. Ele mesmo pagou pelas sessões, após chegar à conclusão de que assumir sua homossexualidade era difícil demais.



Em 2001, as autoridades chinesas retiraram oficialmente a homossexualidade da lista de doenças mentais e, com o passar dos anos, os gays foram se tornando mais aceitos na sociedade, sobretudo entre os jovens e nas grandes cidades. No entanto, a pressão familiar e os resquícios da uma cultura tradicionalista são fortes. Como filhos únicos, acabam se resignando a casar para permitir aos pais ter um neto.

A maioria dos especialistas em medicina considera que as “terapias de conversão”, praticadas em todo o mundo desde o início do século 20 por psicanalistas e médicos para “curar” a homossexualidade, são ineficazes e até mesmo perigosas. Porém, esse tipo de “tratamento” continua crescente em todos os continentes. 

Clínicas chinesas admitem propor soluções “de reajuste da sexualidade”, usando tratamentos químicos, hipnoses ou choques elétricos. Em Pequim, o centro de ajuda psicológica Haiming até promove a atividade: “Depois de cada choque, o paciente interrompe seus pensamentos e se distancia dos seus fantasmas”, explica em sua página na internet.

As “terapias de conversão” foram condenadas em 2009 pela Associação de Psicologia Americana, que considera que esse tipo de tratamento pode criar traumas, e pela Organização Mundial da Saúde, para a qual carecem de justificativa médica e são “eticamente inaceitáveis”. Os ativistas chineses tentam passar a mensagem. Para o Centro LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) de Pequim, esses tratamentos causam “danos graves à saúde física e mental, e pioram a falta de autoestima”.

Dois ativistas vinculados ao Centro LGBT, organização financiada pelas embaixadas dos EUA e do Reino Unido, colocaram em frente a uma clínica em Pequim um cartaz no qual se lê: “A homossexualidade não é uma doença”. A campanha tem o objetivo de ampliar o debate e vislumbram a possibilidade de que o governo revogue as licenças desses centros supostamente “médicos”.

No caso de Zhang, o tratamento com choques elétricos ao qual se submeteu há três anos o fez perder a libido e o mergulhou em uma depressão. Segundo ele, depois da terapia vieram a perda do emprego, as dívidas para pagar os gastos médicos e os pensamentos suicidas. “Sentia dor de cabeça, não aguentava mais, só queria morrer, que todo acabasse de uma vez.” Com o tempo, ele se deu conta de que não podia fazer nada para mudar de orientação sexual e revelou sua opção sexual para seu pai. “Ser gay não é tão terrível”, diz.

Fontes e referências:



Vacinação contra o HPV para garotas de 11 a 13 anos começa em 10 de março

Por redação ADM


A partir de 10 de março, todas as garotas brasileiras de 11 a 13 anos terão direito a se vacinar contra o vírus do HPV na rede pública de saúde. A medida foi anunciada nesta quarta-feira (22), pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. No ano que vem, a faixa etária da campanha será ampliada para a partir dos nove anos.


A vacina será ministrada nas 36 mil salas de vacinação do SUS (Sistema Único de Saúde) e também em escolas públicas e privadas, em ações organizadas pelos municípios. O governo pretende vacinar, até o final do ano, cinco milhões de garotas.

O vírus do HPV é sexualmente transmissível e está relacionado a 90% dos casos de câncer de colo de útero, o terceiro que mais atinge as mulheres brasileiras. O HPV também pode provocar o surgimento de verrugas genitais.
Mais detalhes clique aqui.


Medida assinada por presidente prevê sentença de até 14 anos para quem participar de casamento ou união civil gay

Por redação ADM

O presidente da Nigéria assinou uma lei que proíbe o casamento gay e criminaliza associações, sociedades e encontros homossexuais, com penas de até 14 anos de prisão.





A Associated Press obteve uma cópia da Lei de Proibição do Casamento entre Pessoas do Mesmo Sexo nesta segunda-feira, que foi assinada pelo presidente Goodluck Jonathan em 7 de janeiro.






Não está claro por que a aprovação da lei foi mantida em segredo. A cópia obtida pela Casa dos Representantes em Abuja, capital nigeriana, mostrou que foi assinada pelos deputados e senadores em 17 de dezembro, embora nenhum anúncio tenha sido feito.


O secretário de Estado americano, John Kerry, disse nesta segunda-feira que os EUA estavam "profundamente preocupados" com a lei que "perigosamente restringe a liberdade de reunião, associação e expressão de todos os nigerianos".


É agora um crime ter agora um encontro de gays ou operar um clube, uma sociedade ou uma organização gay.

A nova lei diz: "Uma pessoa que se registra, opera ou participa em clubes, sociedades ou organizações gays ou que direta ou indiretamente faça uma mostra pública de relação amorosa homossexual na Nigéria comete um crime e está passível de ser sentenciada a dez anos."

Qualquer um que seja condenado por um casamento ou união civil gay enfrentará uma sentença de até 14 anos.

A Nigéria, nação na África Ocidental, já tem uma lei herdada dos colonizadores britânicos que torna ilegal as relações sexuais homossexuais.

Fontes e referências:



Projeto de lei anti-homossexualidade na Uganda prevê prisão perpétua para gays e lésbicas

Por redação ADM

Foto: ativistas John Bosco (algemado) e Bisi Alimi (segurando o cartaz)
protestam usando uniformes de presidiários em Londres contra a legislação
anti-gay da Uganda no dia 10 de dezembro de 2012. Fonte: por Reporter#20299.
Copyright Demotix



O Parlamento da Uganda aprovou com folga um controverso projeto de lei anti-homossexualidade no dia 20 de dezembro de 2013, o qual puniria gays e lésbicas com prisão perpétua [en] em alguns casos, bem como prevê a prisão de qualquer pessoa que não denunciar homossexuais para as autoridades.



O projeto de lei foi aprovado pouco depois de o Parlamento socialmente conservador do país aprovar um projeto de lei anti-pornografia, o qual iria criminalizar [en] roupas que deixem à mostra as coxas das mulheres, como mini-saias. 



O parlamentar ugandense David Bahati, que propôs a lei anti-homossexualidade em 2009, reencaminhou-a para votação após remover as passagens que previam a pena de morte para homossexuais, cedendo à intensa pressão pública e internacional. 

Durante o debate no Parlamento, houve uma discussão [en] entre o primeiro-ministro Amama Mbabazi e a presidente do Parlamento Rebecca Kadaga, depois que o primeiro-ministro afirmou que o Parlamento não possuía o quórum mínimo para conduzir a votação. 

A lei agora está aguardando a assinatura do presidente. Este tem menos de dois meses para assinar a lei ou enviar o projeto de volta para o Parlamento, para que ele seja modificado.

Para saber mais e ler a matéria [en], clique aqui.


Gays protestam na Índia contra criminalização do homossexualismo

Por redação ADM


Na Índia, centenas de defensores dos direitos dos homossexuais participaram em manifestações em Nova Deli e noutras grandes cidades, para expressar seu protesto contra a decisão do Supremo Tribunal da Índia de criminalizar o homossexualismo.

Os protestantes usaram braçadeiras de luto.


Foto: protesto gay em Nova Deli (Índia).
Fonte: Flickr.com/Punk Dolphin/cc-by-nc



Segundo a lei recentemente restabelecida, na Índia a homossexualidade é qualificada como crime penal punido com 10 anos de prisão. Os homossexuais da Índia proclamaram o dia de 11 de dezembro, quando a lei foi restabelecida, como “dia de luto”.


Veja as ações pelo planeta no Dia Mundial de Luta contra a Aids

Por redação ADM

Manifestações lembraram o dia 1º de dezembro



Por todo o Brasil, a população contou com eventos de programação intensa. A realização de ações culturais, educacionais, e ainda em algumas cidades, o serviço do teste rápido de HIV também foi oferecido.



Por iniciativa beneficente, monumentos de 13 países do mundo receberam uma iluminação especial de cor vermelha. No Rio de Janeiro o monumento escolhido foi o Cristo Redentor, o edifício Empire State, em Nova Iorque, e as fontes Trafalgar Square, em Londres, são alguns dos 80 monumentos iluminados de todo o mundo.




Foto: Cristo Redentor iluminado de vermelho em apoio ao Dia Mundial contra a AIDS. 
Fonte: Desconhecida





Foto: Estudantes vestidos com blusa vermelha formaram em Seul, na Coreia do Sul,
o símbolo do Dia Mundial da Luta contra a Aids, que é neste domingo (1º).
Fonte: Ahn Young-joon/AP

Foto: Laço vermelho, símbolo da luta contra a Aids, foi pendurado em frente à Casa Branca,
sede do governo dos Estados Unidos, em Washington. Fonte: Manuel Balce Ceneta/AP

Foto: Outra imagem mostra o laço vermelho pendurado em frente à Casa Branca, sede do
poder nos Estados Unidos, no Dia Mundial de Combate à Aids. Fonte: Manuel Balce Ceneta/AP

Foto: Em Hong Kong, a maçã, símbolo da marca Apple, ficou vermelha em lembrança
ao Dia Mundial de Combate à Aids, que é neste domingo (1º). Fonte: Kin Cheung/AP


Foto: Em Dhaka, Bangladesh, uma assistente social sorri neste domingo (1º) com um broche
em sua roupa que é o símbolo internacional da luta contra Aids. Fonte: Munir uz Zaman/AFP


Foto: Em Manila, nas Filipinas, religiosas usam o broche com o símbolo da luta
neste 1º de dezembro. Fonte: Jay Directo/AFP




O que é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids?



Transformar o 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi uma decisão da Assembléia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas - ONU. A data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/aids. A escolha dessa data seguiu critérios próprios das Nações Unidas. No Brasil, a data passou a ser adotada, a partir de 1988, por uma portaria assinada pelo Ministro da Saúde. 





Porque o laço vermelho como símbolo?




O laço vermelho é visto como símbolo de solidariedade e de comprometimento na luta contra a aids. O projeto do laço foi criado, em 1991, pela Visual Aids, grupo de profissionais de arte, de New York, que queriam homenagear amigos e colegas que haviam morrido ou estavam morrendo de aids. 



O Visual Aids tem como objetivos conscientizar as pessoas para a transmissão do HIV/aids, divulgar as necessidades dos que vivem com HIV/aids e angariar fundos para promover a prestação de serviços e pesquisas. 



O laço vermelho foi escolhido por causa de sua ligação ao sangue e à idéia de paixão, afirma Frank Moore, do grupo Visual Aids, e foi inspirado no laço amarelo que honrava os soldados americanos da Guerra do Golfo. 


Foi usado publicamente, pela primeira vez, pelo ator Jeremy Irons, na cerimônia de entrega do prêmio Tony Awards, em 1991. Ele se tornou símbolo popular entre as celebridades nas cerimônias de entrega de outros prêmios e virou moda. Por causa de sua popularidade, alguns ativistas ficaram preocupados com a possibilidade de o laço se tornar apenas um instrumento de marketing e perdesse sua força, seu significado. Entretanto, a imagem do laço continua sendo um forte símbolo na luta contra a aids, reforçando a necessidade de ações e pesquisas sobre a epidemia. 

Hoje em dia, o espírito da solidariedade está se espalhando e vem criando mais significados para o uso do laço. 

Inspirado no laço vermelho, o laço rosa se tornou símbolo da luta contra o câncer de mama. O amarelo é usado na conscientização dos direitos humanos dos refugiados de guerra e nos movimentos de igualdade. O verde é utilizado por ativistas do meio ambiente preocupados com o emprego da madeira tropical para a construção de sets na indústria cinematográfica. O lilás significa a luta contra as vítimas da violência urbana; o azul promove a conscientização dos direitos das vítimas de crimes e, mais recentemente, o azul vem sendo adotado pela campanha contra a censura na internet. 

Além da versão oficial, existem quatro versões sobre sua origem. Uma delas diz que os ativistas americanos passaram a usar o laço com o "V" de Vitória invertido, na esperança de que um dia, com o surgimento da cura, ele poderia voltar para a posição correta. Outra versão tem origem na Irlanda. Segundo ela, as mulheres dos marinheiros daquele país colocavam laços vermelhos na frente das casas quando os maridos morriam em combate. 

Com todas essas variações, o mais importante é perceber que todas essas causas são igualmente importantes para a humanidade. 

Vamos promover esclarecimentos, debates e conversas sobre preconceito e prevenção da doença. 

Tanto tem se falado em ser solidário, em exercer a solidariedade etc. Mas, na prática, o que é isso? Gramaticalmente, a palavra solidariedade é classificada como um substantivo, e substantivos servem para indicar os seres, os conceitos e os atos. Daí, que a solidariedade pode ser entendida como uma atitude. Atitude de apoio, proteção e cuidado com alguém. As grandes epidemias, as guerras e as catástrofes são exemplos de situações que colocam as pessoas diante da necessidade de serem apoiadas, protegidas e cuidadas. Nestas ocasiões, é preciso ter a clareza de que precisamos modificar algumas posturas pessoais, às vezes preconceituosas, e nos tornarmos disponíveis para enfrentar qualquer dificuldade. 

A evolução da epidemia de aids permite identificar vários exemplos de expressão de solidariedade. Talvez o mais significativo deles seja a mobilização da população em todo mundo no dia 1º de dezembro, "Dia Mundial da Luta Contra a Aids". Nesse dia, se comemora o esforço de cada nação no combate à aids. A data é dedicada à luta contra a aids pela solidariedade, contra a discriminação e o preconceito em relação a todas as pessoas que vivem com o HIV. 

Fontes de informação e pesquisa


  1. http://www.aids.gov.br/
  2. http://www.adolesite.aids.gov.br/
  3. http://www.bionline.net/bio_indicea_aids.htm
  4. http://www.acamp.com.br/aids/



Médicos Sem Fronteiras




MSF tratou mais de 166 mil pessoas que vivem com HIV em 2007, e forneceu terapia antirretroviral para mais de 112 mil no mesmo ano.



Existem mais de 33 milhões de pessoas vivendo com HIV/Aids no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde, a maioria na África Subsaariana. Em 2007, 2,5 milhões de crianças com menos de 15 anos viviam com o vírus, e a cada dia surgiam mais de mil novos infectados. Sem o tratamento adequado, metade das crianças com Aids morrerão antes do seu segundo aniversário.



O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é transmitido pela troca de fluidos corporais como sangue, leite materno, secreção vaginal e sêmen. A forma de transmissão mais comum são as relações sexuais, mas também pode ocorrer durante o parto, na amamentação e no compartilhamento de seringas.

O HIV enfraquece gradualmente o sistema imunológico, em um período de três a dez anos, dificultando o tratamento de doenças como câncer e infecções oportunistas como candidíase, pneumonia e tuberculose. Sem tratamento, uma pessoa infectada com HIV torna-se muito fraca e pode morrer. O estado avançado da doença é conhecido como síndrome de imunodeficiência adquirida, ou Aids.

A tuberculose é a infecção que mais mata portadores do HIV. Um terço dos soropositivos do mundo está co-infectado com tuberculose, informa a OMS.

Um coquetel de remédios, conhecido como anti-retroviral, ajuda no combate à doença e permite às pessoas viverem mais e melhor, retardando o declínio do sistema imunológico.

Os programas de HIV/Aids de MSF oferecem aconselhamento antes e após os testes para identificar a doença; tratamento e prevenção de infecções oportunistas; prevenção da transmissão entre mãe e filho; e fornecimento de antirretrovirais para pacientes em estágio avançado da doença. As iniciativas geralmente incluem também campanhas de educação e atividades para ensinar como prevenir a propagação do vírus.

MSF começou a tratar pacientes de HIV no começo da década de 1990, iniciando os programas de distribuição de anti-retrovirais em Camarões, Tailândia e África do Sul em 2000. Atualmente, MSF conduz projetos de HIV/Aids em 32 países, distribuindo antirretrovirais para mais de 100 mil pacientes soropositivos, incluindo 7 mil crianças.



Jovens participam de diálogos sobre juventude, comportamento e sexualidade


Por redação ADM

Foto: Diálogos da Juventude em Sobradinho II. Fonte: UNODC

Brasília, 18 de novembro de 2013 - Cerca de 160 jovens das cidades de Ceilândia e Sobradinho II puderam debater e tirar dúvidas sobre temas como saúde, sexualidade e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e HIV em dois dias do evento Diálogos da Juventude. A iniciativa é uma das atividades do Jovem de Expressão, programa que pretende reduzir a vulnerabilidade dos jovens à violência, à aids e às DST, além de apoiar o empreendedorismo. 



Aproximadamente 80 pessoas compareceram a cada dia de atividades realizadas este mês nas duas cidades. Uma pesquisa nacional sobre práticas em saúde sexual e DST/Aids entre jovens de 18 a 29 anos foi apresentada, a fim de estimular um ponto de partida para a conversa. Em seguida, o grupo foi dividido em três partes, cada um com um eixo específico: "Sexualidade e prevenção", "Direitos e desafios da saúde" e "Cultura jovem: novas práticas comunicacionais de promoção à saúde". Os facilitadores, terapeutas comunitários responsáveis pela mediação da conversa, usaram algumas dinâmicas para estimular o debate entre os participantes. 


Foto: Diálogos da Juventude em Ceilândia. Fonte: UNODC



Angra Francisca participou da conversa sobre cultura jovem em Sobradinho II. Lá, os participantes discutiram principalmente o poder dos meios de comunicação na conscientização sobre questões de saúde. "A mídia influencia muito. As novelas, por exemplo, só mostram o sexo com o lado positivo, mas quase nunca abordam a prevenção", disse ela. 



Essa foi a segunda edição dos Diálogos da juventude. No ano passado, o tema em debate foi segurança pública. Além desse evento anual, o Jovem de Expressão também realiza periodicamente o Fala Jovem. Nesse caso, a atividade envolve grupos menores e a conversa acontece durante as oficinas de dança, teatro, entre outros, que já são realizadas pelo programa. O Programa Jovem de Expressão é realizado pelo Grupo Caixa Seguros em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO no Brasil), e a Rede Urbana de Ações Socioculturais (R.U.A.S.).




Referências e notas:


  1. UNODC – United Nations Office on Drugs and Crime. Em 18/11/2013: 


ALEMANHA é o primeiro país europeu a reconhecer terceiro gênero

Por redação ADM
Foto: Bebe dormindo. Fonte: Banco de dados Royalty free


FOLHA DE SÃO PAULO (30/10/13)


A Alemanha se tornará na sexta-feira o primeiro país europeu a autorizar que bebês sejam registrados sem ser claramente identificados como meninos ou meninas.

Os pais poderão deixar em branco a lacuna correspondente ao sexo nas certidões de nascimento, criando assim uma categoria indefinida nos registros civis.

"É a primeira vez que a lei reconhece que há seres humanos que não são nem homens, nem mulheres ou são ambos; gente que não entra nas categorias legais tradicionais", explicou à AFP Konstanze Plett, professora de Direito da Universidade de Bremen (noroeste).

A medida visa a reduzir a pressão sobre os pais, obrigados a decidir por operações cirúrgicas polêmicas para atribuir um sexo ao recém-nascido.

Segundo o Ministério do Interior, os passaportes alemães onde constam "M" para masculino e "F" para feminino, a partir de agora terão outra possibilidade: o "X" para a lacuna reservada ao sexo.



De acordo com Plett, especialista em direitos dos intersexuais, as regras serão aplicadas também a documentos oficiais.



A lei, que entra em vigor em 11 de novembro, não responde a algumas dúvidas sobre o que significa viver sem uma identidade sexual juridicamente estabelecida.



O legislador terá que esclarecer as consequências desta mudança para casamentos e uniões civis, por exemplo. Na Alemanha, o casamento só pode unir um homem e uma mulher, enquanto o contrato de união civil ("Lebenspartnerschaft") é reservado exclusivamente a pessoas do mesmo sexo.



A lei destina-se aos pais de recém-nascidos e "não é apropriada para resolver o conjunto de complexas problemáticas de pessoas intersexuadas", afirmou o porta-voz do ministério do Interior.



Para as associações, a preocupação é, sobretudo, saber como pode ser a vida das crianças que não tiveram seu gênero identificado quando nasceram em um mundo que funciona, em grande parte, com a lógica binária homem/mulher.



"Na escola há banheiros para meninos e meninas. Para onde vai a criança intersexuada?", perguntou-se Silvan Agius, da organização ILGA Europa, que luta pela igualdade dos direitos de homossexuais, lésbicas, bissexuais, trans e intersexuais.



"A lei não muda isso. Não vai criar imediatamente um espaço em que as pessoas intersexuadas possam ser elas mesmas", assegurou, antes de indicar que a Europa está atrasada neste ponto.



Em junho, a Austrália anunciou a instauração de uma nova nomenclatura sobre o reconhecimento dos sexos em documentos oficiais, oferecendo as possibilidades homem, mulher e transexual.

A nova lei segue um relatório de 2012 do comitê de ética alemão, que reúne teólogos, universitários, juristas e tem como objetivo assessorar o governo. No mesmo se destacava que as pessoas com "diferenças no que diz respeito ao desenvolvimento sexual" sofrem com "a ignorância social generalizada" e com a "falta de respeito do corpo médico".

No relatório constava o depoimento de uma pessoa nascida em 1965 sem os órgãos genitais claramente definidos e que foi castrada na infância, sem o consentimento dos pais. "Não sou nem homem, nem mulher", afirmou esta pessoa. "Sou o patchwork que os médicos criaram, mortificado e marcado para a vida".

Calcula-se que um recém-nascido em cada 1.500 ou 2.000 seja intersexual, embora esse número possa ser maior, devido à dificuldade para se definir o que é a intersexualidade, tanto do ponto de vista físico quanto hormonal.

A nova lei estabeleceu o perfil dessa minoria, o que poderia permitir uma sensibilização crescente, mas também, como muitos temem, poderia aumentar o risco de discriminação.

"É absolutamente imperativo que pais, educadores e médicos sejam informados sobre a vida de pessoas intersexuadas", afirmou Lucie Veith, da Associação Alemã de Pessoas Intersexuadas (Intersexuelle Menschen e.V).

"O governo deve adotar medidas para garantir que nenhum menor de idade seja vítima de discriminação com esta nova lei", advertiu.

CORREIO BRAZILIENSE (30/10/13)


"O patchwork criado pelos médicos" "Na escola há banheiros para meninos e meninas. Para onde vai a criança intersexuada?", perguntou-se Silvan Agius, da organização ILGA Europa, que luta pela igualdade dos direitos de homossexuais, lésbicas, bissexuais, trans e intersexuais.

"A lei não muda isso. Não vai criar imediatamente um espaço em que as pessoas intersexuadas possam ser elas mesmas", assegurou, antes de indicar que a Europa está atrasada neste ponto.

Em junho, a Austrália anunciou a instauração de uma nova nomenclatura sobre o reconhecimento dos sexos em documentos oficiais, oferecendo as possibilidades homem, mulher e transexual.

A nova lei segue um relatório de 2012 do comitê de ética alemão, que reúne teólogos, universitários, juristas e tem como objetivo assessorar o governo. No mesmo se destacava que as pessoas com "diferenças no que diz respeito ao desenvolvimento sexual" sofrem com "a ignorância social generalizada" e com a "falta de respeito do corpo médico".

No relatório constava o depoimento de uma pessoa nascida em 1965 sem os órgãos genitais claramente definidos e que foi castrada na infância, sem o consentimento dos pais. "Não sou nem homem, nem mulher", afirmou esta pessoa. "Sou o patchwork que os médicos criaram, mortificado e marcado para a vida".

Calcula-se que um recém-nascido em cada 1.500 ou 2.000 seja intersexual, embora esse número possa ser maior, devido à dificuldade para se definir o que é a intersexualidade, tanto do ponto de vista físico quanto hormonal.

A nova lei estabeleceu o perfil dessa minoria, o que poderia permitir uma sensibilização crescente, mas também, como muitos temem, poderia aumentar o risco de discriminação.

"É absolutamente imperativo que pais, educadores e médicos sejam informados sobre a vida de pessoas intersexuadas", afirmou Lucie Veith, da Associação Alemã de Pessoas Intersexuadas (Intersexuelle Menschen e.V).

"O governo deve adotar medidas para garantir que nenhum menor de idade seja vítima de discriminação com esta nova lei", advertiu.


Referências e notas:



  1. Folha de São Paulo, quarta feira 30 de outubro de 2013.
    Para acessar clique aqui.
  2. Correio Braziliense, quarta feira 30 de outubro de 2013.
    Para acessar clique aqui.
  3. Foto: Banco de dados Royalty free.


ENEM 2013: TRANSEXUAIS PASSAM POR CONSTRANGIMENTO DURANTE PROVAS

Por Cristiane Capuchinho (UOL/São Paulo)

Foto: banner propaganda ENEM. Divulgação Governo Federal

A transexual Beatriz Trindade diz ter sofrido constrangimento durante as provas do Enem 2013.

Candidatas transexuais passaram por momentos de constrangimento neste final de semana durante as provas do Enem 2013 (Exame Nacional do Ensino Médio). As estudantes relataram ter de passar por rigorosa fiscalização de seus documentos, com mais de um fiscal, e ser obrigadas a usar o banheiro de gênero diferente daquele com o qual se identificam.


"[Eles] se dirigiram a mim no masculino e isso pesa no meio da prova, ser identificado com algo que você não é no meio de todo mundo causa constrangimento", reclama Helena Brito, 25. "Além de todo o nervosismo de uma prova, ainda tenho que enfrentar isso", afirma a candidata que prestou o Enem em uma escola da zona oeste de São Paulo.
A fobia social e o temor do preconceito levou a estudante a tomar calmantes antes do exame. "Tive que me medicar para poder fazer uma prova, coisas que outras pessoas não precisam. Eu acredito que meu desempenho foi afetado por causa do calmante já que quase cochilei no meio da prova", conta. 


O mesmo tipo de situação embaraçosa aconteceu em uma faculdade de Sete Lagoas (MG). "Na entrada, tinha uma pessoa que pegava os documentos e mandava para o lugar. Ele pegou meu documento e gritou meu nome civil no meio de todo mundo. Foi bem constrangedor", contou Beatriz Trindade, 19, que disse ter pedido para que o nome civil não fosse dito alto.


A estudante disse ainda que teve problemas na identificação dentro da sala de prova. "Cheguei para fazer a prova uns 20 minutos antes. Uma das fiscais teve dúvidas e não achou que era eu pela foto. Meu documento passou pela mão de umas três pessoas para me reconhecerem." Segundo a candidata, todas as pessoas da sala perceberam que ela era transexual por conta do transtorno na identificação.


"Todos estavam olhando e ainda tinha vários homens na sala. É ruim. Tinha certeza que isso ia acontecer de novo, como foi no Enem do ano passado. É terrível", lamentou a candidata. "Ninguém tem preparo para atender um transexual", considera Beatriz.
Banheiro
Além da identificação dentro da sala de aula, Helena queixa-se do constrangimento na hora de usar o banheiro no sábado. Segundo ela, a fiscal a levou diretamente para o banheiro masculino e explicou-se em voz alta para outro fiscal: "Esse é homem".


Após toda a situação embaraçosa enfrentada no sábado, Helena decidiu, "em protesto", se vestir de maneira ainda mais feminina para a prova de domingo. Foi para o exame de saia, meia-calça e sapatilha. Na hora de ir ao banheiro durante o segundo dia de prova, Helena foi diretamente ao banheiro feminino para evitar que a fiscal a conduzisse ao masculino.
As candidatas reclamam da invisibilidade dos transexuais na sociedade reafirmada pelo MEC (Ministério da Educação), por não poderem usar seu nome social.


"Os sabatistas são respeitados, quem está no hospital também, pessoas que estão em reclusão também, mas as pessoas transexuais não são. Se você está em uma situação de vulnerabilidade e o nome pode causar constrangimento na hora da prova, isso tem que ser respeitado para que nós possamos estar em situação de igualdade no exame", protesta Helena. "Transexuais são invisíveis", queixa-se Helena Brito, 25


Para elas, a inscrição no site do Enem já deveria contem um espaço com o nome social, além do nome civil. O nome social também deveria ser usado no tratamento durante as provas para evitar constrangimentos públicos.


MEC não tem relatos


Durante a coletiva de fechamento do Enem 2013, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que o ministério não recebeu relatos de problemas com candidatos transexuais este ano. Mas que se casos forem relatados posteriormente, o ministério estudará mudanças para próximas edições.


As provas do Enem foram realizadas no sábado (26) e domingo (27) em todo o país. Segundo o ministro, cerca de 5 milhões de candidatos fizeram efetivamente o exame nacional. O gabarito oficial deve ser publicado pelo MEC na quarta-feira (30).


Referências e notas:

  1. Universo On Line - UOL, quinta feira 31 de outubro de 2013.
  2. Foto: banner propaganda ENEM. Divulgação Governo Federal




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