DST´s

As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) são doenças causadas por vários tipos de agentes. São transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso de camisinha, com uma pessoa que esteja infectada e, geralmente, se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.



Algumas DST são de fácil tratamento e de rápida resolução. Outras, contudo, têm tratamento mais difícil ou podem persistir ativas, apesar da sensação de melhora relatada pelos pacientes. As mulheres, em especial, devem ser bastante cuidadosas, já que, em diversos casos de DST, não é fácil distinguir os sintomas das reações orgânicas comuns de seu organismo. Isso exige da mulher consultas periódicas ao médico. Algumas DST, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves e até a morte.

Algumas DST também podem ser transmitidas da mãe infectada para o bebê durante a gravidez ou durante o parto. Podem provocar, assim, a interrupção espontânea da gravidez ou causar graves lesões ao feto, outras podem também ser transmitidas por transfusão de sangue contaminado ou compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis.

DST no Brasil


Por redação ADM


As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são consideradas como um dos problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo. Em ambos os sexos, tornam o organismo mais vulnerável a outras doenças, inclusive a aids, além de terem relação com a mortalidade materna e infantil. No Brasil, as estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) de infecções de transmissão sexual na população sexualmente ativa, a cada ano, são:


Desde 1986, a notificação de casos de aids e sífilis é obrigatória a médicos e responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde, seguindo recomendações do Ministério da Saúde. Com as mesmas orientações, o registro de HIV em gestantes e recém-nascidos tornou-se obrigatório desde 2000.

Veremos a seguir:

  1. AIDS /HIV
  2. Cancro Duro
  3. Cancro Mole
  4. Candidíase
  5. Condiloma Acuminado Infecção por HPV
  6. Gonorreia
  7. Granuloma Inguinal
  8. Hepatite B
  9. Herpes Simples Genital
  10. Infecção por Clamídia
  11. Infecção por Gardnerella
  12. Infecção por Trichomonas (Tricomoníase Genital)
  13. Infecção por Ureaplasma
  14. Linfogranuloma Venéreo
  15. Molusco Contagioso
  16. Pediculose do Púbis (Chato)

1. AIDS / HIV


Conceito



Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, síndrome que possui uma variedade de sintomas e manifestações, causado pela infecção crônica do organismo humano pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus).



O vírus compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar sua tarefa adequadamente, que é a de protegê-lo contra as agressões externas (por bactérias, outros vírus, parasitas e mesmo por células cancerígenas).

Com a progressiva lesão do sistema imunológico o organismo humano se torna cada vez mais susceptível a determinadas infecções e tumores, conhecidas como doenças oportunistas, que acabam por levar o doente à morte. 

A fase aguda (após 1 a 4 semanas da exposição e contaminação) da infecção manifesta-se em geral como um quadro de gripe (febre, mal estar e dores no corpo) que pode estar acompanhada de manchas vermelhas pelo corpo e adenopatia (íngua) generalizada (em diferentes locais do organismo). A fase aguda dura, em geral, de 1 a 2 semanas e pode ser confundida com outras viroses (gripe, mononucleose etc) bem como pode também passar desapercebida.

Os sintomas da fase aguda não são, portanto específicos e comuns a várias doenças, não permitindo por si só o diagnóstico de infecção pelo HIV, o qual somente pode ser confirmado pelo teste anti-HIV, o qual deve ser feito após 30 a 90 dias (1 a 3 meses) da data da exposição ou provável contaminação.


Sinônimos:

SIDA, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, HIV-doença.

Agente:

HIV (Human Immunodeficiency Virus), com 2 subtipos conhecidos: HIV-1 e HIV-2.

Complicações/Consequências:


Doenças oportunistas, como a tuberculose miliar e determinadas pneumonias, alguns tipos de tumores, como certos linfomas e o Sarcoma de Kaposi. Distúrbios neurológicos. 




Transmissão:


Sangue e líquidos grosseiramente contaminados por sangue, sêmen, secreções vaginais e leite materno.



Pode ocorrer transmissão no sexo vaginal, oral e anal.


Os beijos sociais (beijo seco, de boca fechada) são seguros (risco zero) quanto a transmissão do vírus, mesmo que uma das pessoas seja portadora do HIV. O mesmo se pode dizer de apertos de mão e abraços.


Os beijos de boca aberta são considerados de baixo risco quanto a uma possível transmissão do HIV.



Período de Incubação:


De 3 a 10 (ou mais) anos entre a contaminação e o aparecimento de sintomas sugestivos de AIDS. 




Diagnóstico:

Por exames realizados no sangue do(a) paciente.

Tratamento:


Existem drogas que inibem a replicação do HIV, que devem ser usadas associadas, mas ainda não se pode falar em cura da AIDS.



As doenças oportunistas são, em sua maioria, tratáveis, mas há necessidade de uso contínuo de medicações para o controle dessas manifestações. 


Prevenção:


Na transmissão sexual se recomenda sexo seguro: relação monogâmica com parceiro comprovadamente HIV negativo, uso de camisinha.



Na transmissão pelo sangue recomenda-se cuidado no manejo de sangue (uso de seringas descartáveis, exigir que todo sangue a ser transfundido seja previamente testado para a presença do HIV, uso de luvas quando estiver manipulando feridas ou líquidos potencialmente contaminados). Não há, no momento, vacina efetiva para a prevenção da infecção pelo HIV.

É necessário observar que o uso da camisinha, apesar de proporcionar excelente proteção, não proporciona proteção absoluta (ruptura, perfuração, uso inadequado etc). Repito, a maneira mais segura de se evitar o contágio pelo vírus HIV é fazer sexo monogâmico, com parceiro(a) que fez exames e você saiba que não está infectado(a).


2. Cancro Duro (Sífilis) 



Conceito 


Doença infecto-contagiosa sistêmica (acomete todo o organismo), que evolui de forma crônica (lenta) e que tem períodos de acutização (manifesta-se agudamente) e períodos de latência (sem manifestações). Pode comprometer múltiplos órgãos (pele, olhos, ossos, sistema cardiovascular, sistema nervoso). De acordo com algumas características de sua evolução a sífilis divide-se em Primária, Secundária, Latente e Terciária ou Tardia. Quando transmitida da mãe para o feto é chamada de Sífilis Congênita. 

O importante a ser considerado aqui é a sua lesão primária, também chamada de cancro de inoculação (cancro duro), que é a porta de entrada do agente no organismo da pessoa. 

Sífilis primária: trata-se de uma lesão ulcerada (cancro) não dolorosa (ou pouco dolorosa), em geral única, com a base endurecida, lisa, brilhante, com presença de secreção serosa (líquida, transparente) escassa e que pode ocorrer nos grandes lábios, vagina, clitóris, períneo e colo do útero na mulher e na glande e prepúcio no homem, mas que pode também ser encontrada nos dedos, lábios, mamilos e conjuntivas. É frequente também a adenopatia inguinal (íngua na virilha) que, em geral passa desapercebida. O cancro usualmente desaparece em 3 a 4 semanas, sem deixar cicatrizes. Entre a segunda e quarta semanas do aparecimento do cancro, as reações sorológicas (exames realizados no sangue) para sífilis tornam-se positivas. 

Sífilis Secundária: é caracterizada pela disseminação dos treponemas pelo organismo e ocorre de 4 a 8 semanas do aparecimento do cancro. As manifestações nesta fase são essencialmente dermatológicas e as reações sorológicas continuam positivas. 

Sífilis Latente: nesta fase não existem manifestações visíveis, mas as reações sorológicas continuam positivas. 

Sífilis Adquirida Tardia: a sífilis é considerada tardia após o primeiro ano de evolução em pacientes não tratados ou inadequadamente tratados. Apresentam-se após um período variável de latência sob a forma cutânea, óssea, cardiovascular, nervosa etc. As reações sorológicas continuam positivas também nesta fase. 

Sífilis Congênita: é devida a infecção do feto pelo Treponema por via transplacentária, a partir do quarto mês da gestação. As manifestações da doença, na maioria dos casos, estão presentes já nos primeiros dias de vida e podem assumir formas graves, inclusive podendo levar ao óbito da criança.

Sinônimos:

Cancro duro, cancro sifilítico, Lues. 

Agente:

Treponema pallidum 

Complicações/Consequências:

Aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Infecções peri e neonatal. Sífilis Congênita. Neurossífilis. Sífilis Cardiovascular. 

Transmissão: 

Relação sexual (vaginal anal e oral), transfusão de sangue contaminado, transplacentária (a partir do quarto mês de gestação). Eventualmente através de fômites (veja na guia Glossário o significado da palavra "fômites").

Período de Incubação: 

1 semana à 3 meses. Em geral de 1 a 3 semanas. 

Diagnóstico: 

Pesquisa direta do agente nas lesões. Exames sorológicos (VDRL, FTA-ABS etc) 

Tratamento:

Medicamentoso. Com cura completa, se tratada precoce e adequadamente. 

Prevenção:

Camisinha pode proteger da contaminação genital se a lesão estiver na área recoberta. Evitar contato sexual se detectar lesão genital no(a) parceiro(a).



3. Cancro Mole 




Conceito


Ulceração (ferida) dolorosa, com a base mole, hiperemiada (avermelhada), com fundo purulento e de forma irregular que compromete principalmente a genitália externa mas pode comprometer também o ânus e mais raramente os lábios, a boca, língua e garganta. Estas feridas são muito contagiosas, auto-inoculáveis e portanto, frequentemente múltiplas. Em alguns pacientes, geralmente do sexo masculino, pode ocorrer infartamento ganglionar na região inguino-crural (inchação na virilha). Não é rara a associação do cancro mole e o cancro duro (sífilis primária).











Sinônimos:

Cancróide, cancro venéreo simples, "cavalo" 

Agente:

Haemophilus ducreyi 

Complicações/Consequências:

Não tem. Tratado adequadamente, tem cura completa.

Transmissão:

Relação sexual 

Período de Incubação:

2 à 5 dias

Diagnóstico:

Pesquisa do agente em material colhido das lesões. 

Tratamento:

Antibiótico. 

Prevenção:

Camisinha. Higienização genital antes e após o relacionamento sexual. Escolha do(a) parceiro(a).




4. Candidíase 




Conceito:


A candidíase, especialmente a candidíase vaginal, é uma das causas mais frequentes de infecção genital. Caracteriza-se por prurido (coceira), ardor, dispareunia (dor na relação sexual) e pela eliminação de um corrimento vaginal em grumos brancacentos, semelhante à nata do leite. Com frequência, a vulva e a vagina encontram-se edemaciadas (inchadas) e hiperemiadas (avermelhadas). As lesões podem estender-se pelo períneo, região perianal e inguinal (virilha). No homem apresenta-se com hiperemia da glande e prepúcio (balanopostite) e eventualmente por um leve edema e pela presença de pequenas lesões puntiformes (em forma de pontos), avermelhadas e pruriginosas. Na maioria das vezes não é uma doença de transmissão sexual. Em geral está relacionada com a diminuição da resistência do organismo da pessoa acometida. Existem fatores que predispõe ao aparecimento da infecção: diabetes tipo melitus, gravidez, uso de contraceptivos (anticoncepcionais) orais, uso de antibióticos e medicamentos imunossupressores (que diminuem as defesas imunitárias do organismo), obesidade, uso de roupas justas etc. 



Sinônimos:

Monilíase, Micose por cândida, Sapinho 

Agente:

Candida albicans e outros. 

Complicações/Consequências:

São raras. Pode ocorrer disseminação sistêmica (especialmente em imunodeprimidos). 

Transmissão:

Ocorre transmissão pelo contato com secreções provenientes da boca, pele, vagina e dejetos de doentes ou portadores. A transmissão da mãe para o recém-nascido (transmissão vertical) pode ocorrer durante o parto.

A infecção, em geral, é primária na mulher, isto é, desenvolve-se em razão de fatores locais ou gerais que diminuem sua resistência imunológica. 

Período de Incubação:

Muito variável. 

Diagnóstico:

Pesquisa do agente no material vaginal. O resultado deve ser correlacionado com a clínica. 

Tratamento:

Medicamentos locais e/ou sistêmicos. 

Prevenção:

Higienização adequada. Evitar vestimentas muito justas. Investigar e tratar doença(s) predisponente(s). Camisinha.



5. Condiloma Acuminado Infecção por HPV 



Conceito 


Infecção causada por um grupo de vírus (HPV - Human Papilloma Viruses) que determinam lesões papilares (elevações da pele) as quais, ao se fundirem, formam massas vegetantes de tamanhos variáveis, com aspecto de couve-flor (verrugas).

Os locais mais comuns do aparecimento destas lesões são a glande, o prepúcio e o meato uretral no homem e a vulva, o períneo, a vagina e o colo do útero na mulher.

Em ambos os sexos pode ocorrer no ânus e reto, não necessariamente relacionado com o coito anal.

Com alguma frequência a lesão é pequena, de difícil visualização à vista desarmada (sem lentes especiais), mas na grande maioria das vezes a infecção é assintomática ou inaparente, sem nenhuma manifestação detectável pelo(a) paciente.




Sinônimos:

Jacaré, jacaré de crista, crista de galo, verruga genital.

Agente:

Papilomavirus Humano (HPV) - DNA vírus. HPV é o nome de um grupo de vírus que inclui mais de 100 tipos. As verrugas genitais ou condilomas acuminados são apenas uma das manifestações da infecção pelo vírus do grupo HPV e estão relacionadas com os tipos 6,11 e 42, entre outros. Os tipos (2, 4, 29 e 57) causam lesões nas mãos e pés (verrugas comuns). Outros tipos tem um potencial oncogênico (que pode desenvolver câncer) maior do que os outros (HPV tipo 16, 18, 45 e 56) e são os que tem maior importância clínica. 

O espectro das infecções pelos HPV é muito mais amplo do que se conhecia até poucos anos atrás e inclui também infecções subclínicas (diagnosticadas por meio de peniscopia, colpocitologia, colposcopia e biópsia) e infecções latentes (só podem ser diagnosticada por meio de testes para detecção do vírus).

Alguns trabalhos médicos referem-se a possibilidade de que 10-20% da população feminina sexualmente ativa, possa estar infectada pelos HPV.
A principal importância epidemiológica destas infecções deriva do fato que do início da década de 80 para cá, foram publicados muitos trabalhos relacionando-as ao câncer genital, principalmente feminino.

Complicações/Consequências:

Câncer do colo do útero e vulva e, mais raramente, câncer do pênis e também do ânus. 

Transmissão:

Contacto sexual íntimo (vaginal, anal e oral). Mesmo que não ocorra penetração vaginal ou anal o vírus pode ser transmitido.

O recém-nascido pode ser infectado pela mãe doente, durante o parto. 

Pode ocorrer também, embora mais raramente, contaminação por outras vias fômites (veja na guia Glossário o significado da palavra "fômites") que não a sexual: em banheiros, saunas, instrumental ginecológico, uso comum de roupas íntimas, toalhas etc.

Período de Incubação:

Semanas a anos. (Como não é conhecido o tempo que o vírus pode permanecer no estado latente e quais os fatores que desencadeiam o aparecimento das lesões, não é possível estabelecer o intervalor mínimo entre a contaminação e o desenvolvimento das lesões, que pode ser de algumas semanas até anos ou décadas).

Diagnóstico:

O diagnóstico é essencialmente clínico (anamnese e exame físico). Eventualmente recorre-se a uma biópsia da lesão suspeita.

Tratamento:

Os tratamentos disponíveis são locais (cirúrgicos, quimioterápicos, cauterizações etc) e visam somente a remoção das lesões (verrugas, condilomas e lesões do colo uterino). As recidivas (retorno das lesões) podem ocorrer e são freqüentes, mesmo com o tratamento adequado.

Eventualmente, as lesões desaparecem espontaneamente.

Não existe ainda um medicamento que erradique o vírus, mas a cura da infecção pode ocorrer por ação dos mecanismos de defesa do organismo. 

Já existem vacinas para proteção contra alguns tipos específicos do HPV, estando as mesmas indicadas para pessoas não contaminadas. 

Prevenção:

Camisinha usada adequadamente, do início ao fim da relação, pode proporcionar alguma proteção. Ter parceiro fixo ou reduzir numero de parceiros. Exame ginecológico anual para rastreio de doenças pré-invasivas do colo do útero. Avaliação do(a) parceiro(a). Abstinência sexual durante o tratamento.

Em 2006 foi aprovada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a utilização da Vacina Quadrivalente produzida pelo Laboratório Merck Sharp & Dohme contra os tipos 6,11,16 e 18 do HPV, para meninas e mulheres de 9 a 26 anos que não tenham a infecção. Esta vacina confere proteção contra os vírus citados acima, os quais são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero (tipos 16 e 18) e 90% dos casos de verrugas (condilomas) genitais (tipos 6 e 11).



6. Gonorreia 



Conceito 


Doença infecto-contagiosa que se caracteriza pela presença de abundante secreção purulenta (corrimento) pela uretra no homem e vagina e/ou uretra na mulher. Este quadro frequentemente é precedido por prurido (coceira) na uretra e disúria (ardência miccional). Em alguns casos podem ocorrer sintomas gerais, como a febre. Nas mulheres os sintomas são mais brandos ou podem estar ausentes (maioria dos casos).












Sinônimos:

Uretrite Gonocócica, Blenorragia, Fogagem.

Agente:

Neisseria gonorrhoeae 

Complicações/Consequências:

Aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Doença Inflamatória Pélvica. Infertilidade. Epididimite. Prostatite. Pielonefrite. Meningite. Miocardite. Gravidez ectópica. Septicemia, Infecção ocular (ver foto abaixo), Pneumonia e Otite média do recém-nascido. Artrite aguda etc. Assim como a infecção por clamídia, é uma das principais causas infecciosas de infertilidade feminina. 

Transmissão:

Relação sexual. O risco de transmissão é superior a 90%, isto é, ao se ter um relacionamento sexual com um(a) parceiro(a) doente, o risco de contaminar-se é de cerca de 90%. O fato de não haver sintomas (caso da maioria das mulheres contaminadas), não afeta a transmissibilidade da doença. 

Período de Incubação:

2 a 10 dias 

Diagnóstico:

Exame das secreções coradas pelo Gram e/ou cultura do mesmo material. 

Tratamento:

Antibióticos. 

Prevenção:

Camisinha. Higiene pós-coito.



7. Granuloma Inguinal 



Conceito 


Doença bacteriana de evolução crônica que se caracteriza pelo aparecimento de lesões granulomatosas (grânulos, caroços), ulceradas (feridas), indolores e auto-inoculáveis. Tais lesões localizam-se na região genital, perianal e inguinal, podendo, eventualmente, ocorrer em outras regiões do organismo, inclusive órgãos internos. 















Sinônimos:

Danovanose, Granuloma Venéreo, Granuloma Tropical, Granuloma Contagioso, Úlcera Venérea Crônica, etc.

Agente:

Donovania granulomatis (Calymmatobacterium granulomatis). 

Complicações/Consequências:

Deformidades genitais, elefantíase, tumores. 

Transmissão:

Usualmente pela relação sexual.

Período de Incubação:

Variável. De 3 dias a 6 meses.

Diagnóstico:

Clínico com confirmação por exame histopatológico (biópsia). 

Tratamento:

Sistêmico, através de antibióticos. Tratamento local, eventualmente cirúrgico.

Prevenção:

Camisinha. Higienização após o coito.



8. Hepatite B 



Conceito 


Infecção das células hepáticas pelo HBV (Hepatitis B Virus) que se exterioriza por um espectro de síndromes que vão desde a infecção inaparente e subclínica até a rapidamente progressiva e fatal.

Os sintomas, quando presentes, são: falta de apetite, febre, náuseas, vômitos, astenia, diarreia, dores articulares, icterícia (amarelamento da pele e mucosas) entre os mais comuns. 













Sinônimos:

Hepatite sérica. 

Agente:

HBV (Hepatitis B Virus), que é um vírus DNA (hepadnavirus

Complicações/Consequências:

Hepatite crônica, Cirrose hepática, Câncer do fígado (Hepatocarcinoma), além de formas agudas severas com coma hepático e óbito. 

Transmissão:

Através da solução de continuidade da pele e mucosas. Relações sexuais. Materiais ou instrumentos contaminados: Seringas, agulhas, perfuração de orelha, tatuagens, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos, procedimentos de manicure ou pedicure etc. 

Transfusão de sangue e derivados. Transmissão vertical: da mãe portadora para o recém-nascido, durante o parto (parto normal ou cesariana). O portador crônico pode ser infectante pelo resto da vida. 

Período de Incubação:

30 à 180 dias (em média 75 dias). 

Diagnóstico:

É feito através de exames realizados no sangue do paciente. 

Tratamento:

Não há medicamento para combater diretamente o agente da doença, tratam-se apenas os sintomas e as complicações. 

Prevenção:

Vacina, obtida por engenharia genética, com grande eficácia no desenvolvimento de níveis protetores de anticorpos (3 doses). Recomenda-se os mesmo cuidados descritos na prevenção da AIDS, ou seja, sexo seguro e cuidados com a manipulação do sangue.



9. Herpes Simples Genital



Conceito 


Infecção recorrente (vem, melhora e volta) causadas por um grupo de vírus que determinam lesões genitais vesiculares (em forma de pequenas bolhas) agrupadas que, em 4-5 dias, sofrem erosão (ferida) seguida de cicatrização espontânea do tecido afetado. As lesões com frequência são muito dolorosas e precedidas por eritema (vermelhidão) local. A primeira crise é, em geral, mais intensa e demorada que as subsequentes. O caráter recorrente da infecção é aleatório (não tem prazo certo) podendo ocorrer após semanas, meses ou até anos da crise anterior. As crises podem ser desencadeadas por fatores tais como stress emocional, exposição ao sol, febre, baixa da imunidade etc.

A pessoa pode estar contaminada pelo vírus e não apresentar ou nunca ter apresentado sintomas e, mesmo assim, transmiti-lo a(ao) parceira(o) numa relação sexual. 




Sinônimos:

Herpes Genital 

Agente:

Vírus do Herpes Genital ou Herpes Simples Genital ou HSV-2. É um DNA vírus.

Observação: Outro tipo de Herpes Simples é o HSV-1, responsável pelo Herpes Labial. Tem ocorrido crescente infecção genital pelo HSV-1 e vice-versa, isto é, infecção labial pelo HSV-2, certamente em decorrência do aumento da prática do sexo oral ou oro-genital. 

Complicações/Consequências:

Aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Infecções peri e neonatais. Vulvite. Vaginite. Cervicite. Ulcerações genitais. Proctite. Complicações neurológicas etc. 

Transmissão:

Frequentemente pela relação sexual. Da mãe doente para o recém-nascido na hora do parto. 

Período de Incubação:

1 a 26 dias. Indeterminado se se levar em conta a existência de portadores em estado de latência (sem manifestações) que podem, a qualquer momento, manifestar a doença. 

Diagnóstico:

O diagnóstico é essencialmente clínico (anamnese e exame físico). A cultura e a biópsia são raramente utilizados. 

Tratamento:

Não existe ainda tratamento eficaz quanto a cura da doença. O tratamento tem por objetivo diminuir as manifestações da doença ou aumentar o intervalo entre as crises. 

Prevenção:

Não está provado que a camisinha diminua a transmissibilidade da doença. Higienização genital antes e após o relacionamento sexual é recomendável. Escolha do(a) parceiro(a).



10. Infecção por Clamídia



Conceito 


Doença infecto-contagiosa dos órgãos genitais masculinos ou femininos. Caracteriza-se pela presença (pode não ocorrer) de secreção (corrimento) uretral escassa, translúcida e geralmente matinal. Um ardor uretral ou vaginal pode ser a única manifestação. Raramente a secreção pode ser purulenta e abundante. Se não tratada, pode permanecer durante anos contaminando as vias genitais dos pacientes. É importante saber que mesmo a pessoa assintomática (portadora da doença mas sem sintomas) pode transmiti-la. 











Sinônimos:

Uretrite ou cervicite inespecífica, Uretrite ou cervicite não específica, Uretrite não gonocócica (UNG). 

Agente:

Chlamidia trachomatis

Complicações/Consequências:

Epididimite, proctite, salpingite e sua sequelas (infertilidade), conjuntivite de inclusão, otite média, tracoma, linfogranuloma venéreo, bartolinite, doença inflamatória pélvica (DIP), gravidez ectópica etc. Assim como a gonorréia, é uma das principais causas infecciosas de infertilidade feminina. 

Transmissão:

Relação sexual. Fômites (veja na guia Glossário o significado da palavra "fômites").

Período de Incubação:

1-2 semanas à 1 mês ou mais. 

Diagnóstico:

Pesquisa do agente em material uretral e/ou vaginal. 

Tratamento:

Antibiótico oral e local (na mulher) 

Prevenção:

Camisinha. Higiene pós-coito.



11. Infecção por Gardnerella



Conceito 


A gardnerella vaginalis é uma bactéria que faz parte da flora vaginal normal (ver explicação abaixo) de 20 a 80% das mulheres sexualmente ativas. Quando, por um desequilíbrio dessa flora, ocorre um predomínio dessa bactéria (segundo alguns autores em associação com outros germes como bacteróides, mobiluncus, micoplasmas etc), temos um quadro que convencionou-se chamar de vaginose bacteriana.

Usa-se esse termo para diferenciá-lo da vaginite, na qual ocorre uma verdadeira infecção dos tecidos vaginais. Na vaginose, por outro lado, as lesões dos tecidos não existem ou são muito discretas, caracterizando-se apenas pelo rompimento do equilíbrio microbiano vaginal normal.

A vaginose por gardnerella pode não apresentar manifestações clínicas (sinais ou sintomas). Quando ocorrem, estas manifestações caracterizam-se por um corrimento homogêneo amarelado ou acinzentado, com bolhas esparsas em sua superfície e com um odor ativo desagradável. O prurido (coceira) vaginal é citado por algumas pacientes mas não é comum. Após uma relação sexual, com a presença do esperma (de pH básico) no ambiente vaginal, costuma ocorrer a liberação de odor semelhante ao de peixe podre.

Foi detectada uma maior incidência da vaginose bacteriana em mulheres que tem múltiplos parceiros sexuais. 

No homem pode ser causa de uretrite e, eventualmente, de balanopostite (inflamação do prepúcio e glande). A uretrite é geralmente assintomática e raramente necessita de tratamento. Quando presentes os sintomas restringem-se a um prurido (coceira) e um leve ardor (queimação) miccional. Raramente causa secreção (corrimento) uretral. No homem contaminado é que podemos falar efetivamente que se trata de uma DST.

FLORA MICROBIANA NORMAL : Nosso organismo, a partir do nascimento, entra em contacto com germes (bactérias, vírus, fungos etc) os quais vão se localizando na pele e cavidades (boca, vagina, uretra, intestinos etc) caracterizando o que se chama de Flora Microbiana Normal. Normal porque é inexorável e porque estabelece um equilíbrio harmônico com o nosso organismo.

Existem condições em que este equilíbrio pode se desfazer (outras infecções, uso de antibióticos, 'stress', depressão, gravidez, uso de DIU, uso de duchas vaginais sem recomendação médica etc) e determinar o predomínio de um ou mais de seus germes componentes, causando então o aparecimento de uma infecção. 

Sinônimos:

Vaginite inespecífica. Vaginose bacteriana. 

Agente:

Gardnerella vaginalis

Complicações/Consequências:

Infertilidade. Salpingite. Endometrite. DIP. Ruptura prematura de Membranas. Aborto. Aumento do risco de infecção pelo HIV se houver contato com o vírus. Há aumento também do risco de se contrair outras infecções como a gonorréia, trichomoníase etc. Durante a gestação pode ser causa de prematuridade ou RN de baixo peso. 

Transmissão:

Geralmente primária na mulher. Sexual no homem. Pode ocorrer também transmissão pelo contato genital entre parceiras sexuais femininas

Período de Incubação:

De 2 a 21 dias. 

Diagnóstico:

Pesquisa do agente em material vaginal e/ou uretral. A interpretação do resultado deve ser associado à clínica. 

Tratamento:

Medicamentoso : Metronidazol, Clindamicina. Pode haver cura espontânea da doença.

Prevenção:

Camisinha. Evitar duchas vaginais, exceto sob recomendação médica. Limitar número de parceiros sexuais. Controles ginecológicos periódicos.




12. Infecção por Trichomonas (Tricomoníase Genital) 



Conceito 


Doença infecto-contagiosa do sistema gênito-urinário do homem e da mulher. No homem causa uma uretrite de manifestações em geral discretas (ardor e/ou prurido uretral e secreção brancacenta, amarelada ou amarelo esverdeada), podendo, eventualmente ser ausentes em alguns e muito intensas em outros.

É uma das principais causas de vaginite, vulvovaginite e cervicite (infecção do colo do útero) da mulher adulta podendo porém, cursar com pouca ou nenhuma manifestação clínica. Quando presente, manifesta-se na mulher como um corrimento vaginal amarelo esverdeado ou acinzentado, espumoso e com forte odor característico. Não é incomum também ocorrer irritação na região genital bem como sintomas miccionais que podem simular uma cistite (dor ao urinar e micções frequentes).







Sinônimos:

Uretrite ou vaginite por Trichomonas, Tricomoníase vaginal ou uretral, Uretrite não gonocócica (UNG). 

Agente:

Trichomonas vaginalis (protozoário). 

Complicações/Consequências:

Prematuridade. Baixo peso ao nascer. Ruptura prematura de bolsa etc.

Transmissão:

Relação sexual (principalmente). A mulher pode ser infectada tanto por parceiros do sexo masculino quanto do sexo feminino (por contato genital). O homem por parceiras do sexo feminino.

É importante considerar aqui que mesmo a pessoa portadora da doença, mas sem sintomas, pode transmitir a infecção. Fômites (veja na guia Glossário o significado da palavra "fômites").

Período de Incubação:

10 a 30 dias, em média. 

Diagnóstico:

Pesquisa do agente em material uretral e/ou vaginal. 

Tratamento:

Quimioterápicos. O tratamento pode ser oral e local (na mulher). 

Prevenção:

Camisinha, tratamento simultâneo do(a) parceiro(a).





13.Infecção por Ureaplasma 




Conceito 


Doença infecto-contagiosa dos órgãos genitais e urinários masculinos ou femininos. Caracteriza-se pela presença (pode não ocorrer) de secreção (corrimento) uretral escassa, translúcida e geralmente matinal. Um ardor uretral ou vaginal pode ser a única manifestação. Quando não tratada, pode permanecer durante anos contaminando as vias genitais dos pacientes. É importante saber que mesmo a pessoa assintomática (portadora da doença mas sem sintomas) pode transmiti-la. 












Sinônimos:

Uretrite inespecífica, Uretrite não gonocócica (UNG), Vaginite inespecífica, Vaginite não gonocócica. 

Agente:

Ureaplasma urealyticum

Complicações/Consequências:

Corioamnioite, baixo peso ao nascer. 

Transmissão:

Relação sexual. Eventualmente através de fômites (veja na guia Glossário o significado da palavra "fômites"). 

Período de Incubação:

10 à 60 dias. 

Diagnóstico:

Pesquisa do agente em material uretral e/ou vaginal. 

Tratamento:

Antibiótico oral. 

Prevenção:

Camisinha, tratamento simultâneo do(a) parceiro(a).



14. Linfogranuloma Venéreo



Conceito 


O Linfogranuloma venéreo caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão genital (lesão primária) que tem curta duração e que se apresenta como uma ulceração (ferida) ou como uma pápula (elevação da pele). Esta lesão é passageira (3 a 5 dias) e frequentemente não é identificada pelos pacientes, especialmente do sexo feminino. Após a cura desta lesão primária, em geral depois de duas a seis semanas, surge o bubão inguinal que é uma inchação dolorosa dos gânglios de uma das virilhas (70% das vezes é de um lado só). Se este bubão não for tratado adequadamente ele evolui para o rompimento expontâneo e formação de fístulas que drenam secreção purulenta.









Sinônimos:

Doença de Nicolas-Favre, Linfogranuloma Inguinal, Mula, Bubão.

Agente:

Chlamydia trachomatis. 

Complicações/Consequências:

Elefantíase do pênis, escroto, vulva. Proctite (inflamação do reto) crônica. Estreitamento do reto. 

Transmissão:

Relação sexual é a via mais frequente de transmissão. O reto de pessoas cronicamente infectada é reservatório de infecção. 

Período de Incubação:

7 a 60 dias. 

Diagnóstico:

Em geral o diagnóstico é feito com base nas manifestações clínicas (íngua, elefantíase genital, estenose uretral etc) sendo ocasional a necessidade de comprovação laboratorial (teste de fixação de complemento, cultura, biópsia etc).

Tratamento:

Sistêmico, através de antibióticos. Aspiração do bubão inguinal. Tratamento das fístulas

Prevenção:

Camisinha. Higienização após o coito.


15. Molusco Contagioso 



Conceito 


Doença da pele que se caracteriza pela produção de pápulas (elevações da pele) umbelicadas (com uma depressão central), de cor que varia do branco peroláceo (translúcido) ao rosa, em geral com 2 a 6 milímetros de diâmetro e com base (local de implantação) levemente hiperemiada (avermelhada). São comumente múltiplas principalmente por serem auto-inoculáveis. As lesões são levemente pruriginosas (produzem coceira) e localizam-se em qualquer região da pele (face, tronco e áreas expostas das extremidades) e, mais raramente, nas mucosas. Podem ocorrer em qualquer idade mas são mais comuns em crianças de 0 a 12 anos. 









Sinônimos:

Molusco.

Agente:

Poxvírus.

Complicações/Consequências:

Doença de evolução benigna. Em geral há cura sem sequelas. 

Transmissão:

Contato direto com pessoas infectadas. Também através de toalhas, vestimentas, piscinas etc. Em adolescentes e adultos a localização das lesões na região anogenital sugere transmissão sexual. 

Período de Incubação:

2 semanas a 3 meses após a contaminação. 

Diagnóstico:

Clínico. Raramente por meio de biópsia. 

Tratamento:

O tratamento de escolha é a remoção das lesões por curetagem (realizada por médico). Também ocorre involução espontânea das lesões, sem deixar sequelas, após 6 meses a 2 anos do seu início. 

Prevenção:

Evitar contato físico com pessoas infectadas. 




16. Pediculose do Púbis (Chato)





Conceito 


Infestação da região pubiana causadas por um inseto do grupo dos piolhos e cuja única manifestação é o intenso prurido que causa. Por contiguidade pode acometer também os pelos da região do baixo abdome, ânus e coxas. Eventualmente acometem as sobrancelhas e cílios (por auto-inoculação). Os piolhos machos medem cerca de 1 milímetro e as fêmeas, maiores, 1,5 milímetros, sendo que seus ovos (lêndeas), medem em torno de 2 milímetros. O prurido (coceira) determinado pela parasitose é causado pela saliva do inseto, liberada ao sugar o sangue do hospedeiro.







Sinônimos:

Ftiríase, Chato 

Agente:

Phtirus Pubis 

Transmissão:

Principalmente pelo contato sexual com pessoa infestada, podendo ocorrer também através do uso comum de vestimentas, toalhas, vasos sanitários etc.

Diagnóstico:

Essencialmente clínico. Com o auxílio de uma lupa pode-se confirmar a presença dos ácaros ou de seus ovos.

Tratamento:

Local, com bons resultados. 

Prevenção:


Escolha do(a) parceiro(a). Cuidados com a higiene corporal.




Sexo seguro



Sexo seguro é o sexo sem o risco de ser contaminado ou contaminar o(a) seu(sua) parceiro(a) com doenças sexualmente transmissíveis.

Esta segurança só pode ser atingida através do sexo monogâmico com
parceiro(a) sabida e comprovadamente sadio(a) ou quando o sexo é realizado sem o contato ou troca de fluidos corpóreos como esperma, secreção vaginal e sangue.

A segunda situação é obtida através do uso da camisinha, camisa-de-vênus, condom (do latim condare, que significa "proteger") ou preservativo. 
É necessário observar que o uso da camisinha, apesar de proporcionar excelente proteção, não proporciona proteção absoluta (ruptura, perfuração, deslizamento, colocação inadequada etc).

É importante informar também que a proteção proporcionada pelo uso da camisinha é relativo nas doenças em que não ocorrem secreções genitais: Herpes, HPV, Sífilis, Cancro Mole, Pediculose do Pubis etc, uma vez que o agente transmissor pode estar localizado fora da área protegida pelo preservativo. 

A camisinha é um objeto de material elástico, derivado da borracha (látex), relativamente resistente que envolve os genitais masculinos (mais usado) ou femininos durante o coito, impedindo o já citado contacto entre os fluidos corpóreos das pessoas que estão praticando o relacionamento íntimo.

Além da proteção contra as DST os preservativos constituem um método anticoncepcional seguro, quando usados adequadamente.

O mercado diversificou muito a industrialização das camisinhas. Hoje encontramos camisinhas texturizadas, com formatos especiais, coloridas, lubrificadas, com perfume, sabor, etc.


Foto: Campanha nacional do uso da camisinha. Fonte: Governo Federal

CAMISINHA - COMO UTILIZAR


  • Escolha uma marca de confiança. Carregue-a sempre com você. É recomendável ter uma ou mais unidades de reserva. Conserve-as protegidas do calor e utilize-as sempre dentro do prazo de validade.
  • Abra delicadamente a embalagem, cuidando para que esta operação não a danifique.
  • A colocação deverá ser feita com o pênis em ereção (duro). O prepúcio (pele) deverá estar tracionado e a glande (cabeça do pênis) exposta.
  • Deixe um pequeno espaço na ponta da camisinha. Isto é importante e pode ser conseguido comprimindo-se a extremidade da camisinha entre o polegar e o indicador e mantendo-os assim enquanto a coloca.
  • Encoste a camisinha enrolada na ponta da glande e desenrole-a até a base do pênis.
  • Se a camisinha não for lubrificada, utilize somente lubrificantes a base de água, os quais deverão ser aplicados sobre o pênis antes da colocação e/ou diretamente na camisinha após colocada.
  • Após o uso retire a camisinha. Dê um nó na extremidade aberta e jogue-a no lixo. Camisinha é descartável, deve ser usada somente uma vez.
  • No caso da camisinha romper-se ou sair durante o coito, despreze-a e coloque uma nova.

IMPORTANTE



Somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.


Fontes e referências:


    1. Ministério da Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
    2. Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde.
    3. Prof.ª Fátima Mendonça. Formada em Ciências Biológicas pela PUC/MG (Universidade Católica de Minas Gerais). Educadora da Rede Municipal de Belo Horizonte/MG. Pós graduada em Educação afetivo-sexual pelo CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS DE MINAS GERAIS/NEWTON PAIVA. Co-autora do livro: Sexualidade da mulher madura, Belo Horizonte/MG.
    4. Prof. Cláudio Eduardo Resende Alves. Formado em Ciências Biológicas pela PUC/MG (Universidade Católica de Minas Gerais, doutorando em Psicologia pela PUC Minas, mestre em Ensino de Biologia pela mesma universidade e especialista em Educação Afetivo-Sexual pela Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC). Integrante do Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte, onde desenvolve pesquisas sobre as temáticas de sexualidade, gênero e diversidade sexual em interface com o universo da educação. Além disso, participa da elaboração, implementação e monitoramento de políticas públicas de enfrentamento do sexismo e da homofobia nos espaços de convivência escolar. Palestrante e autor do blog: Educação afetivo-sexual na Prefeitura de Belo Horizonte.

      Um comentário:

      1. Como me tornei uma mulher feliz novamente
        Com lágrimas de alegria e felicidade, estou prestando meu testemunho a todos os telespectadores on-line, meu problema com o estágio IB de Câncer de Estômago causou-me muitas dores e tristezas, especialmente em minha família.
        Eu estava com tanto medo de perder a vida, sofri o constrangimento de visitar
        terapia centenas de vezes, infelizmente eles não encontraram uma solução definitiva para o meu problema, chorei o dia todo e a noite, tenho que viver minha vida dessa maneira? Eu procurei toda a Internet por cuidados, fui enganado por fraudadores da Internet vezes sem números ... até que um amigo meu que fica no Reino Unido me apresentou a um amigo dela que estava curado da mesma doença, e ela me apresentou ao Dr. Itua, que a curou do câncer de mama por este e-mail / WhatsApp +2348149277967, drituaherbalcenter@gmail.com. Entrei em contato com ele e ele prometeu que tudo ficaria bem e que eu tinha fé. Ele me enviou seus medicamentos à base de plantas através do Courier servcie e fui instruído sobre como tomá-lo por três semanas para curar, segui as instruções que me foram dadas e Hoje sou uma mulher feliz novamente. Ele cura todos os tipos de doenças como - câncer no cérebro, doença trofoblástica gestacional, câncer de cabeça e pescoço, câncer de ovário, linfoma de Hodgkin, herpes, câncer de fígado, câncer de garganta,
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