22/01/2014

Tecnologia a favor do sexo

Sexo com Google Glass mostrará como parceiro vê o outro

Por redação ADM
Foto: "Veja o que seu parceiro vê". Fonte: Divulgação.

Um aplicativo para o Google Glass ainda em desenvolvimento promete mudar a experiência sexual. Uma equipe de Londres lançou um site para o novo programa, que será gratuito, explicando que ele poderá mostrar o sexo de diversos ângulos, como o parceiro está te vendo, e inclusive gravar todas as cenas.

De acordo com os desenvolvedores, os óculos ainda poderão dar dicas de novas posições sexuais, além de dar comandos por voz para apagar as luzes ou tocar determinada música. Toda a ação poderá ser gravada, e os vídeos poderão “desaparecer” em cinco horas, para proteger a privacidade dos usuários.


Foto: Os óculos ainda poderão dar dicas de novas posições sexuais, além de
dar comandos por voz para apagar as luzes ou tocar determinada música. 

Fonte: Divulgação


Em entrevista ao jornal The Guardian, o fundador do projeto, Sehrif Maktabi, diz que tudo começou com a pergunta “como fazer o sexo ainda melhor com Google Glass?”. Segundo ele, muitas pessoas se interessaram pelo app. Para receber mais informações sobre o desenvolvimento é possível se inscrever no site www.glassandsex.com/.


O Google proibiu aplicativos de conteúdo de sexo e nudez para o aparelho, mas de acordo com Maktabi funcionários da empresa já estão cientes do seu aplicativo e acharam divertido. “Mas eu não sei o que o Google ‘empresa’ pensa sobre o que estamos fazendo”, afirmou.


Fontes e referências:


  1. Terra notícias: Portal de notícias Terra. Hardware e software.
  2. Foto: divulgação Google Glasse

18/01/2014

Raízes Históricas da Sexualidade

Por Cláudio Eduardo Resende Alves*


“Os adolescentes estão prontos a transformar qualquer desejo em ação. Dos desejos corporais, estão mais dispostos a ceder ao desejo sexual, não exercendo autocontrole.”
Aristóteles – 384-322 a C.


Foto: Detail from The Birth of Venus. Óleo sobre tela. 
Autor: William-Adolphe Bouguereau (1825–1905). 
Fonte: Art Renewal Center image


A visão da sexualidade no tempo nos ajuda a entendê-la não como proposta individual, mas sim vinculada a uma relação de poder de ordem político-econômica, cultural, social, religiosa, moral e ética, subordinando conceito e comportamento sexual do indivíduo a valores e instituições que evoluem de forma dinâmica, a cada época, nas diferentes civilizações. 

Hebreus:
  • No Gênese a sexualidade é descrita como desejada por Deus e criada como algo bom.
  • Nas passagens bíblicas se observa uma estreita relação entre o sexo e a reprodução através do casamento.

Gregos
  • O homem assumia uma posição especial desde o nascimento, recebendo educação formal ( música, poesia, aritmética, esportes ...).
  • A mulher, ao contrário, não recebia educação formal. Ficava confinada em casa desde o nascimento até o casamento.
  • Nota-se no casamento da época a completa dissociação entre o sexo-reprodução e o sexo-prazer.
  • Época dos Deuses Gregos: EROS – amor carnal, ÁGAPE – amor espiritual.
  • Amor platônico.

Romanos
  • “O marido é o juiz da esposa. Se ela cometeu uma falta, ele a castiga; se ela tomou vinho, ele a condena; se ela é culpada de adultério, ele a mata”, segundo as palavras de Catão.
  • Os romanos eram rigorosamente monogâmicos.
  • O casamento era uma questão pessoal e não requeria sanção religiosa ou governamental, apenas o consentimento paterno.
  • Apesar da mulher ter conquistado alguns direitos e uma certa liberdade, ela ainda era vista como objeto.
  • Época de extravagâncias, prazeres, grandeza e glória.

Cristianismo:
  • A virgindade foi mais exaltada.
  • A poligamia abolida.
  • As relações sexuais eram permitidas apenas para a procriação.
  • Nova religião que escarnecia e castigava os prazeres.
  • É aceito que o Cristianismo aperfeiçoou a natureza bárbara do homem, fazendo-o voltar-se para o seu próximo, para o amor altruísta e também proporcionou novas oportunidades para a mulher.

Idade Média:
  • Para a nobreza, a virgindade deveria ser preservada até o casamento.
  • Para os camponeses, não havia esta imposição de se manter a virgindade.
  • O casamento era um contrato comercial.
  • Sociedade de caráter machista.
  • Há poucas referências à felicidade verdadeira ou à satisfação emocional na relação matrimonial.

Renascença:
  • Luta entre a religião da Idade Média e o Humanismo da Renascença.
  • A mulher foi glorificada por Botticelli, Giorgione e Ticiano.
  • Do séc. XVI para o XVII, o Iluminismo fizera com que o sexo não parecesse tão pecaminoso nem tão repulsivo.
  • Homens e Mulheres podiam começar a associar o Sexo com o Amor.

Idade da Razão:
  • O racionalismo de Galileu e Newton marcaram a época com as descobertas científicas.
  • O dogmatismo religioso deu lugar à razão.
  • As classes sociais mais elevadas buscavam o prazer desvinculado do afeto e do matrimônio.
  • A mulher desta época, já adquiriu maior número de direitos.
  • Datam desta época, também, as leis mais liberais no que diz respeito ao divórcio.

Romantismo:
  • Caracterizado pelo movimento literário, político e social – ROMANTISMO.
  • Presença marcante de sentimentos melancólicos e tempestuosos.
  • Os românticos restringiam sua sexualidade e deixavam fluir torrencialmente suas emoções.
  • Era o nascimento da ERA VITORIANA que foi caracterizada por uma veneração exagerada da vida doméstica e do amor romântico.
  • Modelo de felicidade conjugal – “anjo do lar”.

Século XX:
  • Morton Hunt, em seu livro “The Natural History of Love”, chama a nossa era de “A Idade do Amor”, pois nunca se dedicou tão elevada consideração ao amor.
  • Surgimento da Psicanálise de FREUD com suas teorias acerca da sexualidade humana.
  • Movimento Feminista – direitos financeiros e sociais,direito ao voto, liberdade sexual, aborto , pílula anticoncepcional.
  • Revolução Industrial – abertura no mercado de trabalho.
  • Desenvolvimento dos meios de comunicação – telefone, revistas, filmes, automóvel, televisão...
  • Maior liberdade sexual.

Século XXI:
  • AIDS, Viagra, Terapia sexual, Metrossexual, Inseminação Artificial, HPV, pílula do dia seguinte, Movimento Social LGBT, Movimento Feminista, Estudos sobre Gênero e Diversidade sexual entre outros.

Fontes e Referências:

  1. *Cláudio Eduardo Resende Alves. Formado em Ciências Biológicas (PUC/MG), doutorando em Psicologia pela PUC Minas, mestre em Ensino de Biologia pela mesma universidade e especialista em Educação Afetivo-Sexual pela Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC). Integrante do Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte, onde desenvolve pesquisas sobre as temáticas de sexualidade, gênero e diversidade sexual em interface com o universo da educação. Além disso, participa da elaboração, implementação e monitoramento de políticas públicas de enfrentamento do sexismo e da homofobia nos espaços de convivência escolar. Palestrante e autor do blog: Educação afetivo-sexual na Prefeitura de Belo Horizonte. (Adaptação do livro de Vagner Lapate. Educando para a vida: sexualidade e saúde. São Paulo: Sttima, 1999).
  2. Blog do autor: Educação Afetivo-Sexual na Prefeitura de Belo Horizonte.