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28/10/2015

Crossdresser

3. Crossdresser


Crossdressers são pessoas que vestem roupa ou usam objetos associados ao sexo oposto, por qualquer uma de muitas razões, desde vivenciar uma faceta feminina (para os homens), masculina (para as mulheres), motivos profissionais, para obter gratificação sexual, ou outras.
Cross-dressing é um termo que se refere a pessoas que vestem roupa ou usam objetos associados ao sexo oposto, por qualquer uma de muitas razões, desde vivenciar uma faceta feminina (para os homens), masculina (para as mulheres), motivos profissionais, para obter gratificação sexual, ou outras.
Vivenciar a experiência do parceiro ou da parceira é considerado normal e uma ampliação do universo emocional por casais que praticam cross-dressing. Não se trata apenas de uma experiência sexual, mas de uma experiência humana mais profunda. Algo como querer "ser" em lugar de querer "ter" ou de se apropriar dos atributos do outro através das formas usuais usadas pelos casais para se apossar do outro.
crossdressing (ou travestismo, no Português Europeu, e frequentemente abreviado para "CD"), não está relacionado com a orientação sexual, e um crossdresser pode ser heterossexual, homossexual, bissexual ou assexual. O crossdressing também não está relacionado com a transexualidade.
Os crossdressers tipicamente não modificam o seu corpo, através da terapia hormonal ou cirurgias, mas tal acontece nalguns casos, como o de Stu Rasmussen, político americano e presidente da câmara municipal da cidade de Oregon.
As pessoas que praticam o crossdressing podem também ter qualquer profissão ou ocupar qualquer nível socioeconômico, tal como, aliás, qualquer uma das diversas identidades que tipicamente compõem a sigla LGBT.
Os transformistas fazem parte da população crossdresser, mas a sua motivação está relacionada apenas com motivos profissionais, como espetáculos de transformismo. A expressão "drag-queen" (de DRAG, "Dressed As a Girl"), em inglês, é equivalente a transformista, mas quando utilizada no português, por vezes refere-se aos crossdressers com um visual mais exageradamente feminino.
Para Jaqueline Gomes de Jesus, crossdressers é um termo variante de travesti, utilizado para “homens heterossexuais, comumente casados, que não buscam reconhecimento e tratamento de gênero (não são transexuais), mas, apesar de vivenciarem diferentes papéis de gênero, tendo prazer ao se vestirem como mulheres, sentem-se como pertencentes ao gênero que lhes foi atribuído ao nascimento, e não se consideram travestis. [...] A vivência do crossdresser geralmente é doméstica, com ou sem o apoio de suas companheiras, têm satisfação emocional ou sexual momentânea em se vestirem como mulheres, diferentemente das travestis, que vivem integralmente de forma feminina”.


Laerte Coutinho

Laerte Coutinho nasceu em São Paulo no dia 10 de junho de 1951, é uma cartunista e chargista brasileira, considerada uma das artistas mais importantes na área no país. Aos 57 anos, assumiu a transexualidade, abrindo uma profunda discussão sobre a identidade de gênero no Brasil.

Biografia:

Estudou comunicações e música na Escola Estadual Coronel Frazão da Universidade de Itaguara, porém não se formou nestes cursos.Laerte participou de diversas publicações como o Balão e O Pasquim. Também colaborou com as revistas Veja e Istoé e os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo. Criou diversos personagens, como os Piratas do Tietê e Overman.Em conjunto com Angeli e Glauco (e mais tarde Adão Iturrusgarai) desenhou as tiras de Los Três Amigos.Em 2005, perdeu um de seus três filhos, Diogo, então com 22 anos, num acidente de carro.Em entrevista à Folha de S.Paulo, em 2010, revelou porque abandonou alguns de seus personagens e optou pela prática pública do crossdressing, identificando-se como transgênero. Nessa nova fase, participando de vários programas e matérias na mídia imprensa e eletrônica. Já em 2012, tornou-se cofundadora de uma instituição voltada a pessoas com essa nuance de gênero, a ABRAT – Associação Brasileira de Transgêneras.Em 2012, teve a residência roubada, e muitas de suas obras que estavam digitalizadas também foram levadas.

Personagens:

Estes são alguns personagens conhecidos de Laerte, sobretudo por suas tiras publicadas em jornais:
  • Overman - um super-herói que talvez tenha a força do Super-Homem mas com certeza não possui a capacidade de dedução de Batman. Por vezes mostra ter moral e hábitos retrógrados. Seu maior inimigo é o próprio ego. Seu visual lembra Space Ghost, que já apareceu como convidado em algumas tiras.
  • Deus - na representação de Laerte, com certeza não é onipotente. Tudo o que para nós é metafísico não passa de mera rotina para Ele. O que não quer dizer, no entanto, que tudo corra as mil maravilhas. Agora que o mundo e a humanidade já estão criados, Ele gasta a maior parte do tempo em afazeres menores, como discutir com o arcanjo Gabriel e jogar cartas com Buda.
  • Piratas do Tietê - esses piratas trocaram o mar pelo não menos perigoso rio que corta a cidade de São Paulo. Hoje em dia a cidade é o alvo de seus saques e matanças.
  • Hugo Baracchini - a visão cômica de Laerte do homem dos tempos modernos. Nele a autora criou uma eterna vítima dos problemas contemporâneos: Hugo já teve problemas em operar seu computador, teve de fugir de paparazzi, ficou complexado com o tamanho de seu pênis e chegou a sentir saudades do Regime Militar.
  • Suriá - personagem de Laerte voltada para o público infantil. Suriá é uma menina de 9 anos, que mora com a família em um circo (onde trabalha como trapezista). É uma das raras personagens negras de histórias em quadrinhos.
  • Muriel/Hugo - personagem crossdresser que brinca com os padrões de gênero, alternando entre masculino e feminino (respectivamente, alternando entre Hugo e Muriel, porém ainda se autoafirmando como homem). O enredo das tirinhas em que aparece narram o dia a dia da população trans no Brasil, criticando a transfobia, a forma binária em que a cultura brasileira moderna trata a questão de gênero e sexualidade e, por vezes, retratando também a vida sexual das pessoas trans, sempre de forma humorística.


Obras publicadas:

  • Overman
  • Histórias Repentinas
  • Classificados Vol.1
  • Classificados Vol.2
  • Suriá - A Garota do Circo
  • Suriá - Contra o Dono do Circo
  • Classificados Vol.3
  • Gatos - Bigodes ao Léu
  • Deus
  • Deus 2 - A graça continua
  • Deus 3 - A Missão
  • Hugo para Principiantes
  • Seis Mãos Bobas (em conjunto com Angeli e Glauco)
  • Muchacha (2010, com colaboração de seu filho, Rafael Coutinho)


Foto: Laerte e Gabi. Fonte: divulgação SBT / Blog ADM
Laerte e Gabi
O cartunista Laerte Coutinho foi o convidado do programa “Gabi Quase Proibida” de quarta-feira dia 16/10 deste ano.  No programa, o bissexual declarado e considerado o crossdresser mais famoso do país, falou sobre seus relacionamentos, sua sexualidade entre tantas outras curiosidades. No bate-papo com a jornalista, Laerte explicou por que não optou usar um nome feminino.

— Ter um nome feminino faz parte da praxe dos trangêneros. Pensei em adotar “Sônia”, mas eu gosto do meu nome.
Em outro momento da entrevista, o cartunista falou sobre a dificuldade que teve em assumir sua orientação sexual no mesmo momento em que já era um grande profissional do desenho de tirinhas.
— Quando me assumi como profissional do desenho, já tinha colocado a homossexualidade debaixo do tapete.
Dentre as curiosidades mais palpitantes do público, Laerte conta que nos últimos tempos anda considerando uma cirurgia deum implante nos seios,  afirma que também frequenta banheiro masculino e que quando vai ao salão de beleza faz depilação total de virilha.
A falta de pessoas que falassem abertamente sobre identidade de gênero foi um problema para Thammy Miranda, que retirou os seios no final de 2014 e, neste ano, pediu para ser tratado no masculino. "Acontece de, quando você está no processo da descoberta, não saber o que esta acontecendo com você", conta. "Você sabe o que você não quer em você, mas você não sabe o que isso significa, pelo menos eu não sabia. A única coisa que eu achava, depois que comecei a pesquisar, era sobre os gringos, muitas trans gringas que fazem vídeos caseiros mesmo. E aí que fui entendo o que era, porque aqui no Brasil não era divulgado. Acho que a divulgação ajuda por conta disso".
Além de oferecer mais modelos com os quais pessoas transgêneras possam se identificar, a visibilidade entre famosos e em produções da TV e do cinema também ajuda a levar ao grande público mais informações sobre esse grupo – algo importante no país que mais mata transgêneros no mundo. De acordo com levantamento feito pela ONG Transgender Europe, 689 foram assassinados no Brasil entre 2008 e 2014.
"Muito da violência que a gente sofre tem a ver com o fato de as pessoas não estarem acostumadas a conviverem com a gente, a verem a gente", afirma Amara Moira. Por isso, uma maior presença de personalidades trans acaba trazendo mais consciência – dos dois lados: "Às vezes, a gente acha que o fato de a Laerte existir estimula a transexualidade, mas na verdade estimula a sair do armário, não estimula a virar nada. Com isso, a sociedade inteira vai olhando. Minha mãe olha para a Laerte e fala 'Minha filha vive algo parecido com isso, minha filha não é única, essas pessoas podem e devem ser respeitadas'. Muda bastante. Não só para nós, como para as pessoas ao nosso redor".
A atriz e modelo Carol Marra, no ar na série "Romance Policial – Espinoza", concorda, e diz que ainda há muita ignorância a respeito da população trans: "Tudo que é desconhecido, gera certa 'estranheza'. O preconceito surge da falta de informação. Acho importante nós, como pessoas públicas, levarmos o tema, por exemplo, para um debate de um jantar em família, roda de bar... A sociedade como um todo não sabe diferenciar uma transexual de uma travesti, drag queen ou mesmo de um gay. E, infelizmente, a primeira imagem associada é a de uma profissional do sexo. Muitas transexuais não se compreendem ou se tornam compreendidas".
Nem sempre, porém, a maior informação se traduz em aceitação – e nem sempre as representações de pessoas trans são positivas. "Trazer essa vivência à luz do dia traz mais esclarecimento da população do que tolerância, porque a tolerância parte mais do indivíduo", avalia a atriz e ativista Wallace Ruy. "E se trazer para a mídia temas trans não quer dizer que vem de uma maneira positiva. Em novelas, principalmente, a gente não vê pessoas trans representando pessoas trans. Você vê que há uma representação muito caricata".
E ainda há lugares que são quase que inacessíveis às pessoas trans na mídia, como é o caso de programas jornalísticos. "Por que não apresentando programa infantil? Porque sempre se associa ao transgressor, aí não pode. Não pode apresentar o jornal porque é algo sério, e a notícia que sai da minha boca tem um peso menor. E aí que mora o problema, porque isso está condicionando à minha identidade, à minha representatividade de gênero. É um grande absurdo ver isso hoje. Mas foi assim com a população gay, foi com a população negra".

Laerte passou anos bloqueando sua homossexualidade antes de aceitá-la e, depois, assumir sua transgeneiridade, em 2011, em um processo que descreve como uma "segunda libertação". E diz que é necessário haver modelos que mostrem de forma positiva tanto a orientação sexual quanto a identidade de gênero. "Quando eu era jovem, começando minha vida sexual, só existiam modelos negativos, eram retratados como coisas negativas. A homossexualidade era vista como doença, um problema seríssimo, um desgosto pros familiares, uma vergonha. E acho muito importante que esses modelos sejam positivos hoje. De pessoas que estão felizes, que estão bem, que não são doentes, não são criminosas, não são pecadoras".

Foi com a ajuda de várias ativistas da causa, aliás, que a cartunista conduziu seu processo transição – e hoje fica feliz por servir de referência para outras pessoas que passam pelo mesmo. "Me deixa muito satisfeita de ter produzido este efeito, porque é sempre muito libertador – assim como outras pessoas produziram esse efeito em mim. Eu não fiz o meu movimento sozinha. Me beneficiei de exemplos, ajudas e forças variadas: Márcia Rocha, Letícia Lanz, Maitê Schneider, que hoje são minhas companheiras de movimentos. Essa parte inicial de compreender a natureza da transgeneiridade, dar os primeiros passos, fazer as primeiras incursões publicas, vencer esse medo que é um medo interior, da gente mesma de se aceitar, isso quem me ajudou foram essas pessoas".



Assista a entrevista abaixo:




Informação e preconceitos:

Além de oferecer mais modelos com os quais pessoas transgêneras possam se identificar, a visibilidade entre famosos e em produções da TV e do cinema também ajuda a levar ao grande público mais informações sobre esse grupo – algo importante no país que mais mata transgêneros no mundo. De acordo com levantamento feito pela ONG Transgender Europe, 689 foram assassinados no Brasil entre 2008 e 2014."Muito da violência que a gente sofre tem a ver com o fato de as pessoas não estarem acostumadas a conviverem com a gente, a verem a gente", afirma Amara Moira. Por isso, uma maior presença de personalidades trans acaba trazendo mais consciência – dos dois lados: "Às vezes, a gente acha que o fato de a Laerte existir estimula a transexualidade, mas na verdade estimula a sair do armário, não estimula a virar nada. Com isso, a sociedade inteira vai olhando. Minha mãe olha para a Laerte e fala 'Minha filha vive algo parecido com isso, minha filha não é única, essas pessoas podem e devem ser respeitadas'. Muda bastante. Não só para nós, como para as pessoas ao nosso redor".A atriz e modelo Carol Marra, no ar na série "Romance Policial – Espinoza", concorda, e diz que ainda há muita ignorância a respeito da população trans: "Tudo que é desconhecido, gera certa 'estranheza'. O preconceito surge da falta de informação. Acho importante nós, como pessoas públicas, levarmos o tema, por exemplo, para um debate de um jantar em família, roda de bar... A sociedade como um todo não sabe diferenciar uma transexual de uma travesti, drag queen ou mesmo de um gay. E, infelizmente, a primeira imagem associada é a de uma profissional do sexo. Muitas transexuais não se compreendem ou se tornam compreendidas".Nem sempre, porém, a maior informação se traduz em aceitação – e nem sempre as representações de pessoas trans são positivas. "Trazer essa vivência à luz do dia traz mais esclarecimento da população do que tolerância, porque a tolerância parte mais do indivíduo", avalia a atriz e ativista Wallace Ruy. "E se trazer para a mídia temas trans não quer dizer que vem de uma maneira positiva. Em novelas, principalmente, a gente não vê pessoas trans representando pessoas trans. Você vê que há uma representação muito caricata".E ainda há lugares que são quase que inacessíveis às pessoas trans na mídia, como é o caso de programas jornalísticos. "Por que não apresentando programa infantil? Porque sempre se associa ao transgressor, aí não pode. Não pode apresentar o jornal porque é algo sério, e a notícia que sai da minha boca tem um peso menor. E aí que mora o problema, porque isso está condicionando à minha identidade, à minha representatividade de gênero. É um grande absurdo ver isso hoje. Mas foi assim com a população gay, foi com a população negra".

Fontes e referências:

07/11/2013

Desejos e erotismo femininos em "Tram"

Ponto de vista feminino em meio à tradição tcheca de Michaela Pavlátová


Por redação ADM

Michaela Pavlátová* é uma artista completa e com muita coragem. Ela vive perto dos limites, aborda sem medo temas ainda polêmicos, como a sexualidade e o erotismo feminino. A artista tcheca já é figura carimbada no Anima Mundi que em 2012 trouxe seu filme "Tram", às telas brasileiras. E é sobre ele que escrevemos a seguir.


Foto: A condutora de Tram e seus passageiros: os desejos femininos 
como pauta na animação


Em Tram, Michaela aborda a rotina e os desejos de uma condutora de bonde, que se entrega as fantasias eróticas envolvendo seus passageiros. O curta foi feito como parte do projeto Sexperiencies, produzido pela Association Beaumarchais e Procirep, que realizou uma coleção de curtas que exploram a sexualidade feminina.


Foto: animadora, produtora, cineasta e diretora Michaela Pavlátová


E esse é justamente um dos diferenciais de Michaela em meio à tradição tcheca de animação: o ponto de vista feminino. Em um país com nomes de peso como Jiří Trnka e Jan Švankmajer – que veio ao Brasil como convidado do Anima Mundi de 95 – era necessário uma visão diferenciada. Em comparação aos artistas anteriormente citados, os interesses da animadora são muito mais pessoais, exploram as motivações emocionais por trás dos dramas banais do cotidiano.

Ela mesmo confessa essa tendência no seu curta-metragem This Could Be Me: “Eu gosto do mundo das coisas comuns. A realidade pode ser mais interessante do que a ficção. (…) Eu gosto de observar as pessoas, de observar seus rostos e criar histórias escondidas atrás de suas palavras.


Trailer do curta "Tram" de Michaela Pavlátová


Mas ao mesmo tempo, a artista indicada ao Oscar em 1992 tem similaridades com a tradição de seu país, que como o escritor especialista em animação Chris Robinson define é conhecido por “uma combinação estranha do racional com o absurdo“. E nisto Pavlátová é especialista. A animadora utiliza-se de associações e símbolos (como a marcha que a condutora de Tram manuseia, assim como os bilhetes que seus passageiros inserem na caixa do bonde) carregados de significado para transmitir suas histórias, que são uma mistura de ironia, humor negro, e claro, um deleite pelo absurdo e pelo erotismo. Quem disse que animação é só para as crianças?


Sobre a autora:


Os filmes animados de Pavlátová receberam vários prêmios em festivais de cinema internacionais, incluindo uma indicação ao Oscar em 1993 para o 65º Prêmio da Academia e o Grande Prêmio do Festival Internacional de Cinema de Montreal por Reci, Reci, Reci/Words, Words, Words. Seu curta animado Repete ganhou uma série de prêmios, incluindo o Urso de Ouro de melhor curta no Festival internacional de Cinema de Berlim em 1995, o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema de Animação de Annecy em 1997 e o Grande Prêmio no Festival Internacional de Animação de Hiroshima em 1996.


Seu filme mais recente, Tram, ganhou o prêmio Cristal de Annecy no Festival de Cinema de Animação de Annecy em 2012, e é um provável candidato ao Oscar em 2012. O filme retrata as fantasias eróticas de uma condutora de bonde, e foi concebida como parte de uma antologia chamada Sexperiences, dirigida por Sandra Schultze, e produzida por Ron Dyens, pela produtora Sacrebleu Productions. De acordo com o crítico Olivier Cotte, "desejo e sensualidade são preocupações constantes" dos filmes de Pavlátová. O filme demorou seis meses para ser produzido, usado o software Adobe Flash.

Entre 1998 e 2001, Pavlátová dividiu seu tempo entre Praga e São Francisco, onde ela começara a trabalhar como diretora de arte na companhia Wild Brain. Na empresa, ela produziu trabalho comercial para marcas como Nestlé, Kodak e Mazda, além de criar e dirigir Graveyard, uma série animada sobre infortúnios que resultam na morte. Graveyardfoi exibida na sessão Panorama em Annecy e ganhou o primeiro prêmio em sua categoria no festival World Animation Celebration. A série foi originalmente criada em Adobe Flash como um site interativo que imitava um cemitério, no qual cada episódio era exibido à medida que o usuário clicava em determinada lápide. Posteriormente algumas histórias foram selecionadas e compiladas na forma de um filme animado. Pavlátová, sobre sua adoção do Flash no fim dos anos 90, disse: "É uma grande e repentina liberdade para os animadores, agora eles podem trabalhar em casa".


Referências e notas:



  1. * Michaela Pavlátová. Formada na Academia de Artes, Arquitetura e Design de Praga em 1987. Ela ensina animação em Praga na FAMU / Academia de Artes Performáticas em Praga, Escola de Filme e TV (Tcheco: Filmová a televizní fakulta Akademie múzických umění v Praze). Ela também ensinou na VSUP / Academia de Artes, Arquitetura e Design em Praga (Tcheco: Vysoká škola uměleckoprůmyslová v Praze, abreviada VŠUP). Em São Francisco ensinou na Academy of Art University, no Computer Arts Institute e no California College of the Arts, assim como no Departamento de Estudos Visuais e Ambientais na Universidade de Harvard.
  2. Wikipédia. Verbete Michaela Pavlátová.
  3. Anima Mundi. Disponível em: clique aqui.